Eu sou uma Astronauta e ás vezes eu
fico surpresa com o que o destino me reserva: uma chance de viajar no espaço e
descobrir tudo sobre o universo. Eu lutei por muitos anos para chegar nesse
ponto da minha carreia e finalmente aqui estou eu. Um dia a NASA (National Aeronautics and Space Administration
- Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço) me convidou para ser
voluntária em inúmeras viagens até o infinito. Na época eu fui estudante de
Astrologia durante muito tempo na faculdade de OXFORD e obtive muitos
conhecimentos a respeito disso.
Assim
chegara o grande dia que eu tanto esperava. Finalmente eu iria para o espaço
com a missão de consertar um satélite, era peliculosa e eu não podia fracassar.
Logo em seguida, eu entrei no foguete e na contagem regressiva
10..9..8..7..6..5..4..3..2..1..0 eu me dirijo ao espaço e de lá saio da minha
nave e vou até o satélite estragado. De repente eu avistei um buraco negro que
se abria no espaço. Meu espanto foi imediato, eu fiquei impressionado com
aquilo e imaginei que aquele seria o meu fim. Eu fui sugada junto com o
satélite e por um momento meu corpo se desintegrou rapidamente junto com o
objeto em série o qual eu consertaria.
-
- Meu deus, eu estou no céu - dizia eu, completamente exausta.
Eu
acordei em seguida em uma terra estranha eu achei que estaria delirando, mas
não estava, e eis que eu falo algo:
- Eu
estou morta? - dizia eu -, onde eu estou você é um anjo?
-
Acalme-se você está segura por aqui. Seja muito bem vinda ao reino de Odnum, o
reino da terra.
- Mas
como eu vim parar neste lugar? eu não tinha sido sugado por um buraco negro? eu
não entendo! Em que ano estamos?
- Por
aqui classificamos o ano 200 d.D (depois de Darius), é uma época de inquisição
tecnológica, construção de cidades ecológicas sabe? Por aqui, a harmonia entre
todos os humanos foi alcançada depois de muitas eras de lutas. Este mundo é um
lugar donde seres de diversas dimensões que surgem e acabam vivendo por aqui.
Eu sou o Alquimista imortal Zaruh, é um prazer em conhecê-la.
- Que
ótimo! - pensava comigo mesma. - Eu viajei no tempo e agora estou em
um futuro tão distante.
Realmente era um lugar muito estranho, nunca se imaginaria que o futuro
seria assim. O seu solo era abrigado de diversas flores de diversas cores,
tamanhos e tipos e elas se comunicavam e viviam iguais aos seres humanos. Por
um momento, eu achei um reino muito belo e enchia-se de vida com as pessoas que
caminhavam em volta e eu estava começando a gostar daquilo. Ali era uma cidade,
donde se avistava Elfos de olhos verdes capazes de transformar a minha visão
que fixava com assaz ímpeto de carinho e benevolência pelo qual eu tive com as
criaturas que via. Havia, também, Duendes, pois deduzi pelas suas
características: eram orelhas pontudas e brancas iguais a forma das asas de uma
borboleta e, tinha uma baixa estatura fofíssima capaz de eu segurar no colo com
muita cordialidade que cercava a beleza de seu corpo macio e suave.
- Que lindo reino - admirava eu com assaz
vontade de vivê-lo eternamente.
- Eu
sabia que irias gostar minha jovem. Eu ultimamente percebo grandes
transformações benéficas que há por aqui e me orgulho disso, sendo que há o
fruto da destruição e a invasão de criaturas do mal que eram indesejáveis por
este mundo.
Eu entendo seus argumentos, senhor Zaruh - Assenti com ele.
Leitor, agora eu lhe pergunto. O grande mago Zaruh era um Duende ou
um Elfo? Simples: ele era um Elfo; ele tinha pupilas avermelhadas (cores de
olhos que nunca tinha visto antes: belos como o mar avermelhado pelo seu
radiante pôr-do-sol; assim eu me sentia, feliz e nobre). Ele era, também,
caracterizado pela sua pele bem branca, tinha orelhas pontudas e, cabelos
brancos grisalhos como de um senhor de idade. A princípio sua idade
aparentava ser vintes anos. Sendo assim, ele usava roupas que pareciam com as
da Idade Média, sofisticadas e acompanhadas por uma armadura prateada.
-
Venha até a minha casa, amiga! Por lá eu lhe darei um abrigo, venha, vamos
passear em volta do Reino - disse ele.
- É
um belo mundo e reino, comparado de onde eu vim à natureza lá parece sumir
pouco a pouco - disse eu.
- Entendo!
Mas diga-me: qual é o seu nome?
- Eu
me chamo Éricka. É um prazer em conhecê-lo!
O
Alquimista havia se encantado ao ver-me pela primeira vez. Meus longos cabelos
escuros, meus olhos castanhos e meu rosto liso cheio de sardas e minha estatura
de menina alta. Ao acaso, tudo isso o fez querer que eu ficasse ao seu lado,
mas logo fui me aproximando dele, pois eu o achei um homem nobre e especial. Óh
o destino me aproximava de algo que eu não saberia justificar, parecia um
presente.
Eu
caminhei e o seguir até uma parte da cidade e lá tinha um belo Pegasus, eu me
encantei, era dourado, tinha pupilas vermelhas e era dez vezes maior do que um
cavalo comum e muitos podiam subir nele.
- Que
lindo! Parece um Pegasus.
- E é
- disse o Alquimista -, vamos a cidade dois. Ela é próxima ao reino do vento, e
por este mundo não damos nomes ás cidades, pois não há significado e nos reinos
os nomes não importam, apenas o conteúdo, ou seja, a beleza do território. O
seu mundo era Terra não é mesmo? Meu pai era um Espadachim e há muito tempo ele
se apaixonou uma menina muito parecida com você. Ele encontrou essa moça a qual
é minha mãe aos redores da cidade dez e se apaixonou por ela. Lá eles casaram e
juntos tiveram um filho, eu, e logo voltaram a morar aqui na cidade dois. Meu
pai e minha mãe adoravam estudar o passado, e houve uma época em que nosso
mundo era completamente dominado por um sistema econômico que impedia que a
ação do povo por melhorias fossem concretizadas. E as pessoas diziam que nesses
tempos, muitas pessoas morriam para tentar mudar esse mundo.
-
Exatamente! No meu mundo isso aconteceu do mesmo modo. Lá a natureza não é tão
valorizada quanto aqui e lembro-me que naquele mundo as pessoas sempre viviam
em guerra também. Eu sinto-me doente com a situação e ás vezes eu choro pelos
cantos. Eu tenho vinte anos de idade eu sei, mas ás vezes eu não aceito, perdão
se fui muito dramática.
- Não
há com o que se desculpar minha querida, por aqui é quase a mesma coisa, só que
de uma maneira diferente. Em suma, os Duendes, Elfos e Humanos por aqui estão
sempre unidos e nunca guerreiam entre si. Apenas lutamos contra seres maníacos
que querem extinguir nossas raças, tais como, Ogros, Trolls, Ciclopes, dentre
outros.
- Ás
vezes eu tenho a impressão de que o nosso mundo foi o mesmo! - disse eu.
- Eu
sinto o mesmo sentimento amiga Éricka, porém voltar no passado algumas vezes é
bom, caso queiramos consertar alguns defeitos que nosso mundo possui. Foi,
dessa forma que, o mundo evoluiu, deste então: chamamos de Odnum por ser a
inversão do mundo que vivemos - disse o bom mago Zaruh.
-
Eu me sentia a vontade naquele belo mundo e me sentia parte dele, aquele sentimento me aproximava daquelas pessoas. Durante toda a minha vida eu nunca tinha visto um povo tão bem de si e cuidando de suas plantas viventes e, crianças, amigos e parentes com tanto carinho. Um reino de amor e prosperidade com seus semelhantes, exceto com as criaturas horrendas que aterrorizam aquele mundo.
Preste muita atenção, leitor, eu estava sentindo um
encanto e um amor por Zaruh sem igual graças a sua experiência de vida e sua
delicadeza com os que estavam em sua volta. Mas logo que fitava seus cordiais
olhos pude penetrar mais além. Eu percebi certo ar de preocupação que o
cercava, então eu lhe indaguei:
- Qual o problema Sr.
Alquimista? - indaguei.
- Eu ouvi boatos de
que Ogros, Trolls e Ciclopes estão destruindo a cidade 66, no reino da água.
Nós precisamos ir para lá agora mesmo - ele retrucou -, senão pessoas inocentes
vão morrer. Venha logo comigo, eu vou lhe mostrar as armas que usarás no
combate e lutaremos juntos contra o mal.
- Certo - disse eu -,
eu darei o meu melhor!
- Eu sei que dará
Éricka!
Ele me mostrou as
armas que usaríamos na batalha, eu peguei uma espécie de arma, que parecia uma
Katana que existia em meu mundo. Eu a ergui e logo disse:
'' Deterei a sublime injustiça,
com esta lâmina eu punirei todo e qualquer tipo de mal existente nesse mundo.
Eu sou a questionável justiça pelos malignos e benevolente justiça àqueles que
a respeitam. Eu os deterei com meu ímpeto de vencer a injustiça. ''
E assim vesti minha
armadura completa, que era dourada com pequenas crostas de diamante envolta; eu
estava nervosa com o combate e decidir me apressar o mais rápido possível para
me encontrar com a tropa.
- Preparem-se todos!
Este pode ser o último dia de suas vidas agora. Além disso, se morreremos para
proteger nossos filhos e parentes e amigos a vida valerá a pena; desse modo, eu
lhes peço que lutem e salvem o reino de Odnum das profundezas do mal, eu lhes
desejo uma boa e merecida luta a todos! - disse o General da tropa de Elfos e
Duendes.
Todos pareciam normais
e não tinham um pingo de suor e nervosismo no rosto, como se enfrentassem
aquele tipo de luta todos os dias. Eu nunca havia lutado contra nenhum ser vivo
em toda a minha vida, veja leitor,
que pela primeira vez eu usava uma vestimenta medieval e empunhava uma espada
que pertencia ao meu mundo. E observe que eu daria a minha vida por pessoas
inocentes que precisassem de nosso apoio. Eu lhe digo que Deus, talvez, tenha
me escolhido para proteger este mundo, e provavelmente eu nunca mais eu
quisesse voltar ao meu mundo por minha vontade. Então eu decidi erguer minha
espada e dizer as seguintes palavras:
'' Daqui eu não fugirei, eu viverei aqui para
sempre. ''
O General a me ver
trocou um sorriso e me mandou partir para o ataque. Eu obedeci e empunhei minha
lamina dourada e cortei a cabeça de uns dez ogros, até que um Troll me arrebate
para trás com grotesca força, de modo que meu ombro estava machucado. O bravo
Zaruh aparece e usa sua magia de vento despedaçando a pele da criatura, ele me
deu sua mão e eu pude me levantar.
- Obrigado - eu lhe
disse -, mas ainda não acabou. Havíamos derrotado todas as criaturas, exceto o
Ciclope e tivemos muitas perdas desde então. Não sei se nossa tropa pode
derrotar normalmente uma criatura dessas, é necessário o uso de alguma tática.
- Você está certa! Mas que
tipo de tática nós usaremos, precisamos pensar - pensou Zaruh por um momento.
O Alquimista pensou
por um tempo sobre qual seria a melhor maneira de derrotar um monstro alto
daqueles e de imediato. A idéia surgia na cabeça do homem como uma
pedra arremessada, que na direção certa do mar conseguia dar muitos pulos.
Exatamente, ele pensou em uma catapulta. O plano era simples, eu seria
arremessado pela arma e depois enfiaria a minha espada no olho do monstro, esse
era o seu ponto fraco.
- Estou pronto para
ser arremessada, quando eu dizer ''já''
você me arremessa - disse eu -, preparem-se!
Eu gritei ''já'' e eu
estava indo em direção da grande criatura e lhe cravei a arma em seu olho, ela
caiu devagar enquanto eu me agarrava em sua pele e o monstro caiu na direção
inesperada, a qual eu não queria que ele caísse. Eu soltei do seu corpo e caia
de uma altura muito alta, até que, Zaruh, o alquimista usa os seus poderes e um
campo de água é formado onde eu caio e a minha queda é amortecida graças a ele.
Logo em seguida, o campo de água se desfaz e me via no chão molhada olhando
para o rosto risonho de Zaruh.
- Ufa.. achei que eu
fosse virar purê, nunca foi tão bom matar um monstro - disse eu, sendo
irônica.
- Agradecemos a ajuda
de todos vocês, principalmente você Ericka. Todos estão dispensados. A
recompensa para os dois guerreiros que lutaram bravamente será uma casa para o
casal mais alegre de Odnum: Ericka e Zaruh - disse o General, nos oferecendo
uma recompensa. - Eu lhes desejo toda a felicidade do mundo.
- O que?! Mas o Zaruh
não é meu noivo. Se quiser podes dar a casa para ele. Além disso, eu vim a
pouco tempo para este mundo, enfim, não precisa agradecer pela ajuda, pois eu
fiz o que era certo.
Assim, Zaruh me pegou
pelos cabelos e apertou bem forte e me beijou. Aconteceu quando todos foram
embora, pela primeira vez eu beijava um homem na minha vida. Eu fiquei vermelha
no inicio, mas logo entrei no clima, ele me incentivava pela primeira
vez a amar e, assim, o aceitar como meu namorado.
-
Com o tempo, eu aprendi a amar Zaruh e aceitar a nova vida a qual eu vivia. Um mundo igualitário a todos, sem violência entre os mesmos da nossa espécie, e a aceitação de outras espécies atuando e cooperando na nova ordem da raça humana. Meu deus, eu me sentia muito a vontade naquela nova vida, sentia-me viajando entre os mais belos corpos celestes que vivem no espaço. Os humanos evoluíram muito, apesar do longo tempo que eu viajei, logo percebo que o que eu fiz foi uma viagem no tempo e não a descoberta de um novo mundo.
- Eu te amo Zaruh! Uau
eu nunca pensei que seria conquistada dessa forma - disse eu.
- Viveremos nos amando
para sempre - disse ele -, daqui você nunca mais irá embora. Aprenderás a ser
como nós, e descobrir como a vida é boa e lembre-se:
'' O passado ensina, o futuro
enriquece a mente. O presente é usado para construirmos uma vida para o futuro,
é assim que nós seres humanos vivemos, é assim que todos nós vivemos, não
importando as diferenças. ''
Durante muitos anos eu
e meu namorado lutamos contra as mesmas criaturas sempre e salvando várias
cidades. Com o passar do tempo fui promovida a General, pela primeira vez uma
mulher a torna-se General. Desde então eu comecei a ter uma vida melhor que a
da Terra a qual eu vivia. Eu estava cultuando com os animais, e principalmente,
com a natureza. Tive filhos e vivi feliz até o meu ultimo suspiro; o meu marido
Zaruh, aos oitenta e seis anos tenta abrir um portal para Terra e deixa este
relato que escrevi com muito orgulho enquanto estive em Odnum. Quando os
Astronautas lerem o tal relato descobrirão o que aconteceu comigo há muitos
anos atrás. Este é um relato de uma vida muito bem aproveitada, nos cantos do
reino dos elementos, Odnum.
Autor: Franklin Furtado Ieck
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