quinta-feira, 20 de março de 2014

O relato de uma astronauta.

Eu sou uma Astronauta e ás vezes eu fico surpresa com o que o destino me reserva: uma chance de viajar no espaço e descobrir tudo sobre o universo. Eu lutei por muitos anos para chegar nesse ponto da minha carreia e finalmente aqui estou eu. Um dia a NASA (National Aeronautics and Space Administration - Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço) me convidou para ser voluntária em inúmeras viagens até o infinito. Na época eu fui estudante de Astrologia durante muito tempo na faculdade de OXFORD e obtive muitos conhecimentos a respeito disso.
   Assim chegara o grande dia que eu tanto esperava. Finalmente eu iria para o espaço com a missão de consertar um satélite, era peliculosa e eu não podia fracassar. Logo em seguida, eu entrei no foguete e na contagem regressiva 10..9..8..7..6..5..4..3..2..1..0 eu me dirijo ao espaço e de lá saio da minha nave e vou até o satélite estragado. De repente eu avistei um buraco negro que se abria no espaço. Meu espanto foi imediato, eu fiquei impressionado com aquilo e imaginei que aquele seria o meu fim. Eu fui sugada junto com o satélite e por um momento meu corpo se desintegrou rapidamente junto com o objeto em série o qual eu consertaria.
      
                                                                      -

              - Meu deus, eu estou no céu - dizia eu, completamente exausta. 
   Eu acordei em seguida em uma terra estranha eu achei que estaria delirando, mas não estava, e eis que eu falo algo:
   - Eu estou morta? - dizia eu -, onde eu estou você é um anjo?
   - Acalme-se você está segura por aqui. Seja muito bem vinda ao reino de Odnum, o reino da terra. 
   - Mas como eu vim parar neste lugar? eu não tinha sido sugado por um buraco negro? eu não entendo! Em que ano estamos? 
   - Por aqui classificamos o ano 200 d.D (depois de Darius), é uma época de inquisição tecnológica, construção de cidades ecológicas sabe? Por aqui, a harmonia entre todos os humanos foi alcançada depois de muitas eras de lutas. Este mundo é um lugar donde seres de diversas dimensões que surgem e acabam vivendo por aqui. Eu sou o Alquimista imortal Zaruh, é um prazer em conhecê-la.
   - Que ótimo! - pensava comigo mesma.  - Eu viajei no tempo e agora estou em um futuro tão distante.    
   Realmente era um lugar muito estranho, nunca se imaginaria que o futuro seria assim. O seu solo era abrigado de diversas flores de diversas cores, tamanhos e tipos e elas se comunicavam e viviam iguais aos seres humanos. Por um momento, eu achei um reino muito belo e enchia-se de vida com as pessoas que caminhavam em volta e eu estava começando a gostar daquilo. Ali era uma cidade, donde se avistava Elfos de olhos verdes capazes de transformar a minha visão que fixava com assaz ímpeto de carinho e benevolência pelo qual eu tive com as criaturas que via. Havia, também,  Duendes, pois deduzi pelas suas características: eram orelhas pontudas e brancas iguais a forma das asas de uma borboleta e, tinha uma baixa estatura fofíssima capaz de eu segurar no colo com muita cordialidade que cercava a beleza de seu corpo macio e suave.
   - Que lindo reino - admirava eu com assaz vontade de vivê-lo eternamente.
   - Eu sabia que irias gostar minha jovem. Eu ultimamente percebo grandes transformações benéficas que há por aqui e me orgulho disso, sendo que há o fruto da destruição e a invasão de criaturas do mal que eram indesejáveis por este mundo.
 Eu entendo seus argumentos, senhor Zaruh - Assenti com ele.   
   Leitor, agora eu lhe pergunto. O grande mago Zaruh era um Duende ou um Elfo? Simples: ele era um Elfo; ele tinha pupilas avermelhadas (cores de olhos que nunca tinha visto antes: belos como o mar avermelhado pelo seu radiante pôr-do-sol; assim eu me sentia, feliz e nobre). Ele era, também, caracterizado pela sua pele bem branca, tinha orelhas pontudas e, cabelos brancos grisalhos como de um senhor de idade. A princípio sua idade aparentava ser vintes anos. Sendo assim, ele usava roupas que pareciam com as da Idade Média, sofisticadas e acompanhadas por uma armadura prateada.
   - Venha até a minha casa, amiga! Por lá eu lhe darei um abrigo, venha, vamos passear em volta do Reino - disse ele.
   - É um belo mundo e reino, comparado de onde eu vim à natureza lá parece sumir pouco a pouco - disse eu.
   - Entendo! Mas diga-me: qual é o seu nome?
   - Eu me chamo Éricka. É um prazer em conhecê-lo!
   O Alquimista havia se encantado ao ver-me pela primeira vez. Meus longos cabelos escuros, meus olhos castanhos e meu rosto liso cheio de sardas e minha estatura de menina alta. Ao acaso, tudo isso o fez querer que eu ficasse ao seu lado, mas logo fui me aproximando dele, pois eu o achei um homem nobre e especial. Óh o destino me aproximava de algo que eu não saberia justificar, parecia um presente. 
   Eu caminhei e o seguir até uma parte da cidade e lá tinha um belo Pegasus, eu me encantei, era dourado, tinha pupilas vermelhas e era dez vezes maior do que um cavalo comum e muitos podiam subir nele. 
   - Que lindo! Parece um Pegasus.
   - E é - disse o Alquimista -, vamos a cidade dois. Ela é próxima ao reino do vento, e por este mundo não damos nomes ás cidades, pois não há significado e nos reinos os nomes não importam, apenas o conteúdo, ou seja, a beleza do território. O seu mundo era Terra não é mesmo? Meu pai era um Espadachim e há muito tempo ele se apaixonou uma menina muito parecida com você. Ele encontrou essa moça a qual é minha mãe aos redores da cidade dez e se apaixonou por ela. Lá eles casaram e juntos tiveram um filho, eu, e logo voltaram a morar aqui na cidade dois. Meu pai e minha mãe adoravam estudar o passado, e houve uma época em que nosso mundo era completamente dominado por um sistema econômico que impedia que a ação do povo por melhorias fossem concretizadas. E as pessoas diziam que nesses tempos, muitas pessoas morriam para tentar mudar esse mundo.
   - Exatamente! No meu mundo isso aconteceu do mesmo modo. Lá a natureza não é tão valorizada quanto aqui e lembro-me que naquele mundo as pessoas sempre viviam em guerra também. Eu sinto-me doente com a situação e ás vezes eu choro pelos cantos. Eu tenho vinte anos de idade eu sei, mas ás vezes eu não aceito, perdão se fui muito dramática.
   - Não há com o que se desculpar minha querida, por aqui é quase a mesma coisa, só que de uma maneira diferente. Em suma, os Duendes, Elfos e Humanos por aqui estão sempre unidos e nunca guerreiam entre si. Apenas lutamos contra seres maníacos que querem extinguir nossas raças, tais como, Ogros, Trolls, Ciclopes, dentre outros.
   - Ás vezes eu tenho a impressão de que o nosso mundo foi o mesmo! - disse eu.
   - Eu sinto o mesmo sentimento amiga Éricka, porém voltar no passado algumas vezes é bom, caso queiramos consertar alguns defeitos que nosso mundo possui. Foi, dessa forma que, o mundo evoluiu, deste então: chamamos de Odnum por ser a inversão do mundo que vivemos - disse o bom mago Zaruh.   

                                                                   -

   Eu me sentia a vontade naquele belo mundo e me sentia parte dele, aquele sentimento me aproximava daquelas pessoas. Durante toda a minha vida eu nunca tinha visto um povo tão bem de si e cuidando de suas plantas viventes e, crianças, amigos e parentes com tanto carinho. Um reino de amor e prosperidade com seus semelhantes, exceto com as criaturas horrendas que aterrorizam aquele mundo.  
 
   Preste muita atenção, leitor, eu estava sentindo um encanto e um amor por Zaruh sem igual graças a sua experiência de vida e sua delicadeza com os que estavam em sua volta. Mas logo que fitava seus cordiais olhos pude penetrar mais além. Eu percebi certo ar de preocupação que o cercava, então eu lhe indaguei:
   - Qual o problema Sr. Alquimista? - indaguei.
   - Eu ouvi boatos de que Ogros, Trolls e Ciclopes estão destruindo a cidade 66, no reino da água. Nós precisamos ir para lá agora mesmo - ele retrucou -, senão pessoas inocentes vão morrer. Venha logo comigo, eu vou lhe mostrar as armas que usarás no combate e lutaremos juntos contra o mal.
   - Certo - disse eu -, eu darei o meu melhor!
   - Eu sei que dará Éricka! 
   Ele me mostrou as armas que usaríamos na batalha, eu peguei uma espécie de arma, que parecia uma Katana que existia em meu mundo. Eu a ergui e logo disse: 

'' Deterei a sublime injustiça, com esta lâmina eu punirei todo e qualquer tipo de mal existente nesse mundo. Eu sou a questionável justiça pelos malignos e benevolente justiça àqueles que a respeitam. Eu os deterei com meu ímpeto de vencer a injustiça. ''
  
   E assim vesti minha armadura completa, que era dourada com pequenas crostas de diamante envolta; eu estava nervosa com o combate e decidir me apressar o mais rápido possível para me encontrar com a tropa.
   - Preparem-se todos! Este pode ser o último dia de suas vidas agora. Além disso, se morreremos para proteger nossos filhos e parentes e amigos a vida valerá a pena; desse modo, eu lhes peço que lutem e salvem o reino de Odnum das profundezas do mal, eu lhes desejo uma boa e merecida luta a todos! - disse o General da tropa de Elfos e Duendes.
   Todos pareciam normais e não tinham um pingo de suor e nervosismo no rosto, como se enfrentassem aquele tipo de luta todos os dias. Eu nunca havia lutado contra nenhum ser vivo em toda a minha vida, veja leitor, que pela primeira vez eu usava uma vestimenta medieval e empunhava uma espada que pertencia ao meu mundo. E observe que eu daria a minha vida por pessoas inocentes que precisassem de nosso apoio. Eu lhe digo que Deus, talvez, tenha me escolhido para proteger este mundo, e provavelmente eu nunca mais eu quisesse voltar ao meu mundo por minha vontade. Então eu decidi erguer minha espada e dizer as seguintes palavras: 

''  Daqui eu não fugirei, eu viverei aqui para sempre. '' 
   
   O General a me ver trocou um sorriso e me mandou partir para o ataque. Eu obedeci e empunhei minha lamina dourada e cortei a cabeça de uns dez ogros, até que um Troll me arrebate para trás com grotesca força, de modo que meu ombro estava machucado. O bravo Zaruh aparece e usa sua magia de vento despedaçando a pele da criatura, ele me deu sua mão e eu pude me levantar.
   - Obrigado - eu lhe disse -, mas ainda não acabou. Havíamos derrotado todas as criaturas, exceto o Ciclope e tivemos muitas perdas desde então. Não sei se nossa tropa pode derrotar normalmente uma criatura dessas, é necessário o uso de alguma tática.  
  - Você está certa! Mas que tipo de tática nós usaremos, precisamos pensar - pensou Zaruh por um momento.  
   O Alquimista pensou por um tempo sobre qual seria a melhor maneira de derrotar um monstro alto daqueles e de imediato. A idéia surgia na cabeça do homem como uma pedra arremessada, que na direção certa do mar conseguia dar muitos pulos. Exatamente, ele pensou em uma catapulta. O plano era simples, eu seria arremessado pela arma e depois enfiaria a minha espada no olho do monstro, esse era o seu ponto fraco.
   - Estou pronto para ser arremessada, quando eu dizer ''já'' você me arremessa - disse eu -, preparem-se!
   Eu gritei ''já'' e eu estava indo em direção da grande criatura e lhe cravei a arma em seu olho, ela caiu devagar enquanto eu me agarrava em sua pele e o monstro caiu na direção inesperada, a qual eu não queria que ele caísse. Eu soltei do seu corpo e caia de uma altura muito alta, até que, Zaruh, o alquimista usa os seus poderes e um campo de água é formado onde eu caio e a minha queda é amortecida graças a ele. Logo em seguida, o campo de água se desfaz e me via no chão molhada olhando para o rosto risonho de Zaruh.
   - Ufa.. achei que eu fosse virar purê, nunca foi tão bom matar um monstro -  disse eu, sendo irônica.
   - Agradecemos a ajuda de todos vocês, principalmente você Ericka. Todos estão dispensados. A recompensa para os dois guerreiros que lutaram bravamente será uma casa para o casal mais alegre de Odnum: Ericka e Zaruh - disse o General, nos oferecendo uma recompensa. - Eu lhes desejo toda a felicidade do mundo.
   - O que?! Mas o Zaruh não é meu noivo. Se quiser podes dar a casa para ele. Além disso, eu vim a pouco tempo para este mundo, enfim, não precisa agradecer pela ajuda, pois eu fiz o que era certo.
   Assim, Zaruh me pegou pelos cabelos e apertou bem forte e me beijou. Aconteceu quando todos foram embora, pela primeira vez eu beijava um homem na minha vida. Eu fiquei vermelha no inicio, mas logo entrei no clima, ele me incentivava pela primeira vez a amar e, assim, o aceitar como meu namorado.
   
                                                                    -

   Com o tempo, eu aprendi a amar Zaruh e aceitar a nova vida a qual eu vivia. Um mundo igualitário a todos, sem violência entre os mesmos da nossa espécie, e a aceitação de outras espécies atuando e cooperando na nova ordem da raça humana. Meu deus, eu me sentia muito a vontade naquela nova vida, sentia-me viajando entre os mais belos corpos celestes que vivem no espaço. Os humanos evoluíram muito, apesar do longo tempo que eu viajei, logo percebo que o que eu fiz foi uma viagem no tempo e não a descoberta de um novo mundo.
   - Eu te amo Zaruh! Uau eu nunca pensei que seria conquistada dessa forma - disse eu.
   - Viveremos nos amando para sempre - disse ele -, daqui você nunca mais irá embora. Aprenderás a ser como nós, e descobrir como a vida é boa e lembre-se: 

'' O passado ensina, o futuro enriquece a mente. O presente é usado para construirmos uma vida para o futuro, é assim que nós seres humanos vivemos, é assim que todos nós vivemos, não importando as diferenças. ''
   
   Durante muitos anos eu e meu namorado lutamos contra as mesmas criaturas sempre e salvando várias cidades. Com o passar do tempo fui promovida a General, pela primeira vez uma mulher a torna-se General. Desde então eu comecei a ter uma vida melhor que a da Terra a qual eu vivia. Eu estava cultuando com os animais, e principalmente, com a natureza. Tive filhos e vivi feliz até o meu ultimo suspiro; o meu marido Zaruh, aos oitenta e seis anos tenta abrir um portal para Terra e deixa este relato que escrevi com muito orgulho enquanto estive em Odnum. Quando os Astronautas lerem o tal relato descobrirão o que aconteceu comigo há muitos anos atrás. Este é um relato de uma vida muito bem aproveitada, nos cantos do reino dos elementos, Odnum.

Autor: Franklin Furtado Ieck


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