- Tem
certeza de que isto é seguro, Luiz? - perguntou Jordana -, estou preocupada.
-
Pode confiar, é uma mansão abandonada, quem sabe no futuro a rainha e o rei nos
concedam esta casa abandonada, tu sabes como eles são bondosos, são como anjos
encarregados da missão de Deus - respondeu o inocente adolescente Luiz.
O ano era 1997 d.C (depois de Cristo), e os jovens, pela primeira
vez, faziam um intercâmbio para esse país estrangeiro. John Dodgers, irmão de
Jordana, quitou o pagamento dessa viagem para que os dois pudessem aproveitar,
pois Jordana era muito tímida e ficava trancada em casa sem fazer novos amigos,
exceto, Luiz que era o seu único e fiel companheiro.
-
Luiz era um jovial garoto de dezoito anos com cabelos louros, rosto branco e olhos azuis, uma beleza capaz de encantar as mais inocentes moças que encontrava ao seu redor. Jordana, uma menina de cabelos ruivos presos em um rabo de cavalo, uma pele bem branca e belos olhos castanhos claros que lembram a cor das lamas, aqueles barros que soltamos e nos divertimos por horas. Quem se apaixonasse um dia por Jordana teria a mesma sensação.
Enfim, ao entrarem na mansão ambos se deparam com um lugar muito escuro e
assustador, as velas estavam apagadas e tudo que havia sobrado em uma de suas
mãos foi uma lanterna achada no chão e que fora usada para não ficarem imersos
na escuridão.
A
cada passo o piso de madeira da Mansão fazia um ruído, Luiz não se intimidou.
- É
como dar um passeio no parque - disse Luiz mostrando-se rebelde -, não parece
me assustar
- Não
diga besteiras, Luiz - reclamou Jordana -, esta mansão é estranha e sinto um
cheiro muito forte vindo da cozinha, acho que devíamos sair da sala e ir para
lá , estou sentindo um mau pressentimento a respeito disso - afirmou Jordana.
A
tensão aumentava cada passo era um grito de desespero e dor, o medo de ambos
estava crescendo conforme ambos caminhavam até a cozinha e, de repente, algo
inesperado acontece e os surpreende.
-
Alguma coisa me agarrou! Ajude-me Luiz - disse Jordana, desesperadamente -,
socorro, preciso de ajuda.
- Eu achei uma
arma no chão, eu irei usá-la, agüente firme - alegou Luiz.
Luiz
corre em direção a onde estava a arma e a pegou e disparou um tiro. A bala foi
certeira, acabou atingindo no meio da testa do monstro, que aos olhos de ambos
os jovens parecia um humano. Eles acabaram de matar um morto vivo, um zumbi, e
em choque e com os nervos a flor da pele ambos dizem:
- É
UM ZUMBI! - Gritaram Jordana e Luiz.
-
Fique calma Jordana, eu acho que, deve haver uma explicação para isso. Os
zumbis não eram uma lenda de filmes de terror, se são, como eles existem? -
declarou Luiz.
- Eu
também não entendo, para começar este homem está vestido com uma roupa da
policia da Califórnia, dos Estados Unidos, o que uma pessoa de tão longe faz
num lugar como esse? - disse Jordana com um olhar de preocupação.
-
Talvez ele tenha vindo aqui para investigar a mansão, o que me preocupa é que
possam ter outros como ele espalhados pela mansão. Meu deus, eu estou com uma
pistola de quatro balas e a porta se trancou assim que entramos na mansão e por
algum motivo ilógico ela não quer mais abrir, teremos que sobreviver até a
ajuda chegar - declarou Luiz, pensando em uma forma de resistir aos terrores
daquela mansão -, siga-me vamos subir as escadas.
Ambos
subiram as escadas e de repente um frio exagerado consome os dois, eles não
entendiam de antes a queda brusca de temperatura, porém eles continuaram, a
cada passo era um caminho próximo do frio infernal.
-
Nossa não entendo o motivo da temperatura ter baixado tanto. O que será que
veremos a seguir? Mais monstros? - Supôs Jordana com grotesco medo das
criaturas que encontraria -, droga, eu estou sentindo um mau pressentimento.
- Não
se preocupe tudo vai ficar bem. Acredite em mim, eu juro que escaparei desta
mansão de alguma forma - disse o esperançoso Luiz -, Eu a manterei a salvar até
que tu se encontres com o seu irmão de novo, amiga, e voltaremos juntos para a
cidade de Sky-city. Estamos quase no topo da escadaria, venha.
-
Obrigado Luiz! Nós vamos conseguir, de alguma forma. Eu não deixarei que o medo
tome conta de mim.
Com
um brilhante sorriso Luiz passa a olhar para Jordana com maior admiração, pois
ela havia provado que o medo não seria capaz de superar a vontade de ambos de
viver.
-
Quando chegaram ao topo o frio parecia ter consumido completamente os dois, Jordana deu alguns espirros, e Luiz tremia muito; até que inesperadamente uma luz aparece e fala com ambos.
-
Vocês devem sair daqui imediatamente. Isso é uma ordem, saiam logo daqui.
A
expressão de seus rostos logo muda e eles começam a dizer palavras de sumo
espanto:
-
FANTASMA!! - gritaram os dois, e então começaram a correr.
Eis
que a correria começou. Ao avistarem a luz eis que é revelada a verdade. Aquele
que ele estava ali era um fantasma ordenando: ''Saiam da mansão agora!''.
-
Vamos voltar! Talvez aquele bom espírito queira ajudar a gente - alegou Jordana
-, e ele não parece ser mau.
- Eu
é que não volto lá. Deus que me livre - respondeu desesperadamente Luiz.
-
Estás com medo? Não és homem? - alegou novamente Jordana -, não valorizas as
calças que usas?
-
Claro que não tenho medo! Veja, eu dou valor as calças que eu uso. Eu apenas
levei um susto. Enfim voltemos para lá e eu vou tentar agüentar para não ter um
treco.
-
Você não tentará, mas superar o seu medo. Sem a coragem somos incapazes de
sobreviver ao terror, apenas lembre-se disso.
-
Você tem razão!
-
Quando voltaram o bom e inocente fantasma tinha uma longa história para contar à eles.
-
Vocês voltaram, ufa. Escutem, eu não vou machucá-los! O que eu tenho a dizer é
que eu sou um fantasma. Antigamente, houve um velho morador desta mansão, um
nobre, que ajudou A Vossa Alteza há muito tempo atrás em nome dos negócios da
Inglaterra e na proteção da nação. Porém quando eu disse-lhe que não queria
mais lutar, mas viver uma vida normal algo muito ruim aconteceu. Um de seus
subordinados, que adorava trabalhar em laboratórios, criou uma poção poderosa.
Ele a usou enquanto estava no helicóptero e eles a jogaram e se espalhou por
toda a casa. Absolutamente cerca de cem pessoas que estavam aqui, incluindo a
minha família, foram todos infectados e acabaram virando mortos vivos, ou seja,
zumbis. Até que alguma semana depois veio um policial e matou alguns monstros.
Entretanto, ele foi infectado e mais tarde morto por um de vocês.
-
Parece que estamos envolvido numa conspiração muito maior, não achas Luiz?
- Eu
estou com tanto medo que nem consigo pensar...
- Não
ligue para ele, senhor fantasma, eu quero que continues o seu relato.
- O
poder de um fantasma tem uma amplitude de energia enorme capaz de trancar
portas, as quais vocês não poderão abrir. Vocês precisam ir ao ultimo andar e
pegar um helicóptero - alegou em uma conversa longa, o fantasma -, é a única
forma de escaparem, e de nos libertarem, mas para isso é preciso que a mansão
seja destruída.
-
Entendemos agora, muito obrigado pela ajuda, escaparemos desta mansão à
qualquer custo - alegou Luiz -, nós o libertaremos junto dos outros fantasmas
nessa mansão.
-
Tomem cuidado! Não sabemos que tipo de monstros vocês enfrentarão na mansão -
acautelou o fantasma -, se cuidem e boa sorte.
-
Eles agradeceram. Assim ao chegarem ao topo dela, eles encontram o helicóptero. A felicidade foi completa, finalmente eles iriam embora e voltariam para à casa junto de seus pais, melhor dizendo, a suas famílias.
Enfrentaram vários monstros no caminho, e livres para passar até chegar
no helicóptero.
Mas
de repente um monstro estranho apareceu. Um zumbi totalmente evoluído, e ele
houvera comido muitos da mesma espécie, e agora ele teria sofrido exacerbadas
mutações. Eles tinham que lidar com o perigo que os aguardavam.
-
Droga, justo agora quando a gente iria para a casa. Afaste-se mostrengo, eu
estou sendo franco com você para que eu não o mate, afaste-se, agora mesmo -
aconselhou Luiz -, afaste-se do meu caminho
O
primeiro ataque do monstro atinge ferozmente Luiz. Ele crava um tentáculo no
seu peito e agora o amigo de Jordana se transforma em um perigoso monstro,
problemas em dobro. Jordana sente-se insegura e deprimida ao avistar seu amigo
naquela forma. Ela tinha apenas uma bala sobrando na pistola e, apesar de ter
usado todas nos monstros que tinham naquela mansão maldita, tudo que restava
agora era o desespero e a morte que estava encaminhada à ela, até que...
-
Jordana, não desiste, há uma espingarda escondida atrás daquele barril. Pegue-a
e mate os monstros ao seu redor, confie em mim, tudo dará certo -ordenou o
bondoso fantasma.
Ela
corre e se esquiva do golpe de ambos os monstros e, rapidamente, saca a arma no
chão e diz com um tom de tremendo humor.
- Monstro
feioso e nojento, eu lhe peço que tu voltes para lugar de onde vieste.
Jordana demonstra-se verdadeira à respeito de algo intimidador e
revelador:
-
Sinto muito Luiz, eu não pude lhe dizer isto antes, mas eu era e ainda sou
apaixonada por você, apesar de nunca teres dado a mínima atenção a mim. Eu
estou triste por ter que fazer isso, me perdoe quando nos encontrarmos no céu
meu anjo, adeus.
Um
tiro acerta em cheio a criatura que cai sem mexer-se. Enquanto o ultimo tiro
que era destinado para Luiz é disparado. Jordana demonstrando verdadeira
comoção disse:
- Adeus meu grande amor, nunca me
esquecerei de você. - Disse ela -, tornas-te um monstro por culpa de um vírus
maldito e submetida à esta mansão maldita, perdido na escuridão da manipulação
da hierarquia que ocasionou muitas morte, incluindo a sua. Sinto muito
Luiz!
-
Adeus Jordana, não se preocupe. Tudo vai dar certo, viva e seja feliz - disse
ele conseguindo dizer algumas palavras -, seja feliz!
O
tiro foi disparado.
-
A mansão foi incinerada e todas as criaturas de lá foram mortas após a escapatória. A rainha quis manter tudo em segredo para que a mídia mundial não crie comoção pela existência de zumbis; Jordana ficou deprimida por ter assassinado um monstro que era o grande amor de sua vida. Ela não tinha nada a dizer às autoridades, apenas disse que ao entrar na mansão ficou com muito medo e quis embora. Logo em seguida, após dez anos, a mansão é reconstruída e doada para uma família que jurava lealdade à realeza, esta história jamais foi mencionada novamente. Os fantasmas ficaram presos na Mansão para sempre, e isso foi lamentável para Jordana que havia perdido tudo naquele dia.
Autor:
Franklin Furtado Ieck
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