domingo, 16 de março de 2014

Crônicas de Dois Aventureiros.

    Na minha infância eu era uma criança livre, desprovida de tanta responsabilidade, que atualmente tenho tentando estudar ou buscar um emprego. Enfim, em um dia lindo e ensolarado com muitas nuvens, eu e meu amigo Breno estávamos brincando de chefes de cozinha e vocês sabem como funciona: pegamos terra do chão e misturamos com água. Felizmente naquela época eu tinha uma imaginação preenchida por várias coisas diferentes que eu podia fazer; éramos dois aventureiros em busca de brincadeiras que nos satisfazia e nos atrairia para a diversão. 
   Eu era uma criança boba, eu tinha dez anos e ouvia noticias o tempo todo sobre tráfico de drogas e ficava absolutamente impressionado como aquilo fazia mal às pessoas e o medo o qual eu sentia e a conseqüência pela qual as entorpecentes poderiam fazer comigo se eu as pegasse e usasse. Naquele mesmo dia eu e o Breno avistamos uma pedra, diferente de todas que eu já tinha visto antes. Ela estava coberta por um pó branco e quando eu a olhei eu logo pensei: Crack! Mas era apenas pedra pulverizada e durante dias fiquei imaginando se teria complicações. Tempos depois, eu pensava que ficaria doente ou algo do tipo por inalar a pedra e o pó em volta dela. Não era nada! apenas a minha imaginação, e ao passar dos anos eu me questionei sobre como eu tinha uma mente desenvolvida naquela época. Eu me preocupava, e pensava o quão precavido era sobre os riscos a saúde o uso de drogas, era de se imaginar, pois eu gostava muito de escrever nessa época, com gramática errada, mas escrevia muitos textos. Desde pequeno eu lia e escrevia talvez isso tenha servido para que eu criasse idéias que despertassem a minha imaginação, assim os tempos em que meu cérebro evoluía com constante uso do mesmo.
   Quando nós somos crianças criamos um mundo para nós, afastado de toda a existência de mal e perigoso, ou seja, uma época em que somos inconseqüentes e apenas nos divertindo e abandonando as regras dadas pelo mundo. Eu não consultei ninguém antes a respeito da pedra e o pó, pois era nosso mundo e tínhamos nossos próprios pensamentos. E quando somos crianças é neste mundo em que vivemos; um reino de muitas brincadeiras, o reino da benevolência eterna.
   Com o tempo a natureza exuberante tornou-se vizinhança, e no final eu nunca mais vi pedras como aquelas. Ademais, fez muita falta, pois algo daquele tipo despertou a minha mente para os pensamentos fora daquele mundo que eu vivi quando era criança, e, por coincidência, uma pedrada na cabeça abriu caminho para fora do mundo dos sonhos e direto ao mundo real: - Eu viverei neste mundo a partir de agora - dizia eu quase crescido -, com o ímpeto de sonhar alto e buscar a felicidade naquele mundo. O mundo em que eu vivia quando pequeno eu era: O Reino das Brincadeiras. Agora o mundo é: O Reino das Lutas.

Autor: Franklin Furtado Ieck

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