sábado, 8 de março de 2014

A Jovem Viajante

   
       Num lindo e prospero dia, faltavam apenas cinco dias para a noite de natal e durante esse tempo, Elizabeth, uma menina de 12 anos, viaja ao redor do Rio Grande do Sul junto de sua tia Carla. 
   O ano é 2310 d.C, para a menina nunca lhe foi amenizada a morte de seus Avôs Carl e Rafael, apenas lhe via as lembranças em momentos monótonos.
Em uma curta passagem pela região Sul a pequena menina conhece um lindo garoto chamado Júlio.
- Oi, qual o seu nome? - disse a curiosa menina.
- Eu me chamo Júlio, conhecido por todos meus amiguinhos como Cesar.
- Quantos anos você tem Cesar?
- Eu tenho 12 anos!
   Assim nasce uma bela amizade entre duas crianças. No dia em que Elizabeth conheceu Cesar ambos estavam na boa e velha cidade de Herval no distrito de Basílio, naquela região havia as belas paisagens que nenhuma cidade do Rio Grande do Sul jamais houvera visto antes.  Belas lagoas imersas a uma mata exuberante e muitas pedras sobre o solo próximo do rio. Na hora de dormir a menina se despedia de Cesar e foi a cama com um sentimento que apertava o peito da pequena menina.
- Tia Carla, por que eu estou com esse vazio no peito? Por quê? - disse a nobre menininha -, eu estou com saudade dele, faz algumas horas que a gente partiu, mas...
- Agora eu entendo. Você está apaixonada! - interrompeu a experiente tia.
- Sério?! Meu deus, o que mais falta acontecer na minha vida? - indagou a menina para si própria, logo após que viu a Tia Carla saiu da sala.
  A menina levantava-se de sua cama e pegava um álbum de recordações que estava na gaveta, a primeira foto que ela avistava eram de seus Avôs, e logo lagrimas escorriam de seus olhos; eram sentimentos dos parentes os quais se dedicaram a ela e a amavam muito. A vida tornou-se tão monótona após suas mortes, porém a menina nunca esquecera dos momentos felizes que viveu com eles e lembrou-se de uma frase que ambos os Avôs recitaram juntos: ''A vida não foi criada para acumularmos dores, pois ela surgiu com o intuito de nos fortalecer perante aos obstáculos que nos derrubam. Ela nos compadece com ensinamentos os quais serão fundamentais para a amplitude da mente humana. ''
  
                                                                  -

    Durante um bom tempo, ambos o menino, a menina e a tia passearam por toda a Herval e divertiram-se muito, até então, estava na hora de ir embora, pois faltavam apenas dois dias para o Natal e ambas as moças teriam que estar em casa antes que soasse a meia noite.
- Sentirei a sua falta - disse a menina com um olhar triste e cabisbaixo.
- Não se preocupe querida - disse ele tocando gentilmente em seu rosto -, um dia nos veremos, eu tenho o seu telefone e lhe ligarei todos os dias para saber como estás.
   E então o beijo de amor é dado, ambos ficam juntos por quinze minutos, a menina apesar da timidez beijou muito bem e o menino ficou contente ao saber de que na hora da despedida ela houvera saído contente de lá.
- Feliz Natal! - disse a mãe ao receber a filha em casa.
- Desculpe o atraso, chegamos bem na hora da véspera - disse a tia meio sem jeito.
- Não se preocupe, tia, o importante é que estamos todos juntos agora, eu aprendi muitas coisas com a viagem que tivemos em Herval. Essa será uma experiência que jamais esquecerei na minha vida - disse a menina ao relembrar dos bons momentos que esteve com o seu amado.
   A menina Elizabeth aprendeu que o verdadeiro valor da amizade é alcançado com nosso esforço, carisma, amor e afeto. Ao viajar pelo Rio Grande do Sul, ela adquiriu muitas amizades que jamais esquecerá uma delas era do seu amado Júlio Cesar, que disse um dia que veria ela novamente, e eis que se passaram dois anos após esse encontro e os dois finalmente se encontrarão novamente. A outra lição foi de seus Avôs que disseram a ela que valorizasse as coisas belas da vida e que superasse os desafios com audácia e coragem. Ele, o grande Cesar, belo e inteligente, prometeu que até o momento em que eles se encontrassem jamais se apaixonaria por outra moça que não fosse ela, a inocente Elizabeth. Então, com o passar do tempo alcançando o ano de 2320 d.C, ambos se cassaram, e viveram uma linda história de amor. Portanto o importante para ela nas vésperas de natal não era acumular presentes, mas era usufruir de muitas amizades as quais ela adquiria ao longo de sua vida, esse era o maior presente de natal que ela podia obter em sua vida.

Autor: Franklin Furtado Ieck

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