Não sei o que dizer; o medo pelo qual eu estou
passando me leva a tona muitas lembranças de uma vida feliz que tive com meus
filhos e meu marido.
Bem aqui estou eu na Alemanha presa pela
ignorância de uma elite a qual usa o poder para fins benéficos. Judeus, para
eles esse tipo de raça é um lixo, mas tenho que reconsiderar que somos fortes
por temos um espírito forte.
- Mãe eu estou com muita fome – Disse
minha filha, com lagrimas que podiam preencher o escuro solo e transformar tudo
que era impureza em pureza, a minha querida menina não fazia idéia do que
estava presenciando, era o reino das loucuras, a toca do diabo, o purgatório -,
meu estômago ronca, eu estou com medo dessa sela.
Muitas famílias estavam reunidas conosco,
e eu não fazia idéia do que fazer naquela situação eu e meu marido e meus cinco
filhos estávamos muito assustados. Se fugíssemos, obrigatoriamente, seriamos
todos mortos, e alem disso não há como fugir quando se está próxima da cabeça
do dragão.
Então, eis que chega o general do
quinto batalhão e diz o seguinte: ‘’ está na hora do banho dos urubus ’’. Isso
mesmo, a mídia judia que criou o problema ao povo judeu ao divulgar fatos
históricos da derrota Alemã fez com que isso resultasse na nossa própria morte,
meu deus faz tanto tempo que isso aconteceu, por quê tanto ódio? Enfim eu
e meus filhos que queríamos ter uma vida honrada agora já não podíamos ter.
Então se ouve a batida da porta e um gás muito forte preenche a sala por
completo, a morte estava a caminho não havia como escapar.
Eu narro essa história para dizer
que a morte nos concedeu um castigo pelo qual nenhumas das pessoas presentes na
cena do crime mereciam, e aqui estamos, somos projeções de corpos, somos almas
que ficaram presas na terra devido às inúmeras preocupações que o mundo acabou
sofrendo com o decorrer dos séculos, já não basta tanta desgraça? Por que a de
nós suportar tudo isso? Já basta! Eu encerro a minha narrativa a todos que
puderam ler e também que puderam visualizar a história de um mundo onde o mal
implicitamente e explicitamente prevalece. Eu me chamo Maria e dedico essa
história aos meus filhos, ao meu marido e vocês meros mortais. A viagem é longa
e de agora em diante não queremos mais perturbações.
Autor: Franklin Furtado Ieck
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