quarta-feira, 26 de março de 2014

Operação Suicida

 No ano de 2030, o exército nacional da Russia roubou informações sigilosas de cada país da América do Sul, incluindo o Brasil, que da mesma forma estava tendo arquivos confidenciais roubados pelo governo americano. Dionathan, um homem que nasceu no Brasil, é chamado pela CIA (Central Intelligence Agency, em português: Agência Central de Inteligência) para uma missão de espionagem na cidade Czar, na Rússia, com o propósito de impedir que as informações sejam entregues ao líder de uma corporação secreta. O agente terá que usufruir de outras informações, que eles guardam secretamente. Com o apoio de sua assistente Debora, eles levarão a verdade a tona e acabarão com as armações dos malfeitores.
   - Boa noite, Presidente, eu vejo que me chamou aqui - disse Dionathan um pouco em dúvida com a situação.
   - Exatamente! Estamos com problemas, o governo brasileiro e dentre muitos outros países da América do sul estão tendo suas informações mais sigilosas roubadas, e a Rússia está por trás disso - explicou o Senhor Presidente pondo a mão no pescoço com muita insegurança. 
   - Entendo! mas o que disse o presidente da Rússia? - perguntou Dionathan.
   - Simplesmente disse que é uma invenção, de que a Rússia não tem nada a ver com o caso. Entretanto, os nossos satélites apontam à eles, Dionathan, eu sei que você nasceu no Brasil, a sua missão será proteger a America Latina do ocorrido roubo de informações, com esses dados eles poderão desmoralizar as nações vizinhas.
   - Não se eu puder impedi-los - disse Dionathan com ímpeto e coragem. 
   - Ótimo! Sua missão é dirigir-se a cidade de Czar na Rússia. Quando chegares lá, eu lhe mostrarei os equipamentos e sei que tens um conhecimento abrangente em línguas e no uso de suas ferramentas. Na missão, irás de espião e sua secretária Debora lhe ajudará durante a missão a qual farás. Quero que tu obtenhas as informações da organização secreta deles e os dados que foram roubados, pegue este pendrive, é de 1 TB, o resto do equipamento está em seu avião de caça, boa sorte. 
   - Sim senhor! Darei o meu melhor, pelo bem do nosso mundo - e assim termina-se o papo com o presidente. Dionathan corre ao encontro de seu avião de caça para uma de suas viagens mais longas de sua vida.
   Dionathan pega seu avião de caça e dirige-se há muitos quilômetros por hora em direção da linha da Rússia, até ser avistado por outros aviões de caça que pertenciam aos demais russos. 
   - Eu não tenho tempo a perder brincando com esses amadores. Que saco! - disse Dionathan entediado.
   Os russos atiram seus mísseis, mas o avião de Dionathan desvia e ele começa a pegar altitude e velocidade para despistá-los, porém a estratégia do agente da CIA não parece funcionar. 
   - Eu comecei mal meu dia, estou há dez anos na CIA, parei por uns seis meses e quando eu retorno ao trabalhovolto três aviões de caça querendo me matar, assim não da cara.
   Dionathan serviu em muitas missões pela CIA durante dez anos. Atualmente ele tem trinta e dois anos e parece cansado das batalhas pelas quais triunfou por tanto tempo. Porém ele nunca desistiu de servir a nação mundial, não apenas os Estados Unidos, ele pensa na nação como um todo, o mundo.
   Ele desvia dos mísseis, e rapidamente e ele sobe numa montanha muito alta, os aviões de caça foram atrapalhados por uma fumaça muito forte soltada pelo avião de Dionathan, provavelmente um mecanismo de seu avião para distrair o inimigo. Quando as caças subiram a montanha, Dionathan não estava mais lá, estava atrás deles e os metralhou com três misseis que destruíram instantaneamente os aviões. 
   - Engolem essa seus desgraçados! - disse Dionathan triunfando a vitória.
   Dionathan aterrissou em uma floresta exuberante, cheia de árvores com pouca cor que pareciam ter conhecido a mórbida matéria prima inexistente. Dionathan não se intimidou com o local em que se situava. Ele pegou uns óculos especiais chamado: CIA evolution; uns óculos capazes de gravar vídeos e tirar fotos em qualquer lugar. Ele funciona como um telefone de toque e tem mil e uma funções, até encaixe para pendrive, e era uma tecnologia de ponta em 2030. Ele pegou um colete a prova de balas, uma pistola com dez pentes de quinze balas cada e um revolver com dez balas; em cima de seu colete vestiu um paletó fechado para esconder que a proteção exista, e dentro da gravata de borboleta esconde-se um microfone para conversar com a assistente Debora, sua parceira de trabalho há anos; ele estava preparado para sua missão e não admitia nenhum erro, caso contrário isso custaria sua vida. 
   - Debora eu cheguei numa mansão, é o mesmo local de onde a tal organização roubou os dados secretos dos países. Eu entrarei como um Russo disfarçado; daqueles que se divertem em festas. O lugar é enorme, você precisa ver.
   - Não gosto de mansões russas, prefiro as dos Estados Unidos que são mais bonitas, não, eu prefiro as mansões do Brasil - disse Debora um tanto indecisa -, ei, tome cuidado amigo, Debora desligando.
   E assim ela desliga a mensagem de voz.
   - Adorei seus óculos, combinam com os traços do seu rosto - disse uma moça em russo, com olhos azuis e cabelos ruivos ondulados. 
   - Muito obrigado! - disse Dionathan, em russo. 
   - Venha comigo, eu lhe mostrarei o local, você adorará a recepção. 
   O Dionathan fica nervoso no começo, ele estranha no olhar da moça, como se ela escondesse algo. Os olhos azuis dele que envolta, observa-se a grande penumbra invisivelmente ao seu redor, algo que nenhum ser humano podia ver, mas o pobre herói podia; os olhos da moça, que também era azuis, eram sem brilho como se escondesse uma profunda penumbra. 
   - Eu me chamo Daiana, eu sou uma brasileira que veio morar na Rússia. É um prazer conhecê-lo! 
   Dionathan começar a suar, e por um momento ficou confuso. O que uma brasileira, faria na Rússia, em uma época de frio, horrores e atualmente vivendo uma temporada de guerras? Até porque, o país sofria muitas guerras civis ultimamente, uma peça não encaixa com a outra, porém Dionathan tentou conhecer Daiana. 
   - Eu vim aqui para lhe apresentar o meu namorado, o General Ygor. Venha aqui amor, quero que conheça uma pessoa. Este é um homem que veio para nossa festa sem convite, porém ele pagou muito dinheiro pela entrada, seu nome é Dionathan. 
   - É um prazer conhecê-lo, você deve ser muito rico, enfim já que ultimamente procuro homens com poder e fama, isso é algo de muito bom agrado. Venha que eu lhe mostrarei algo que te interessará muito. Por aqui meu caro hóspede, venha - disse Ygor querendo mostrar algo curioso para Dionathan -, por aqui, venha, não seja tímido! 
   Dionathan estava numa enrascada, aquele poderia ser o suposto líder da organização russa. Se ele usasse o microfone para falar com Debora seu plano iria por água abaixo e ele olhava para a face do monstro de 1.90 m de altura, 75 quilos, cabelos escuros, forte óbvio, olhos castanhos e um rosto com uma marca de ''x'' provavelmente alguém cortou seu rosto, mas não sabe qual a pessoa teria feito aquilo. Os passos seguiam lentos e duros, o que tinha por traz da porta que os três passariam, essa foi a curiosidade de Dionathan que se transformava em ápices de desconfianças. 
   - Veja o computador 3000, uma tecnologia que se assemelha a tecnologias que viram ao próximo milênio, ela rouba informações de todos os países do mundo. Eu mesmo construí esse equipamento e agora eu o usarei para dominar o mundo. As informações da bomba atômica foram concedidas com sucesso, logo o mundo temerá a poderosa Rússia, ha-ha-ha - vangloriou-se Ygor.
   E, de praxe, Dionathan entrou no plano do homem rindo junto e ao lado de sua amiga Daiana, a brasileira que veio a Rússia. 
- Era tudo que eu queria saber, amor, mas diga-me quem está trabalhando ao nosso lado. - perguntou Daiana
- O presidente dos Estados Unidos, Frank Oliver - disse Ygor -, o meu mestre e líder, que apoiará um novo mundo que será construído, uma nova sociedade utópica nascerá ha-ha-ha.
   Dionathan começou a suar novamente, quem imaginaria que o próprio presidente, que lhe concedera uma missão tão importante estaria traindo o mundo inteiro. Naquele momento, Dionathan conteve-se para não ficar com raiva do que o presidente havia feito, mas eis que Daiana usava uma frase de impacto. 
- '' Você está preso! ''  
- O que?! - surpreendeu-se Ygor.
- Eu disse que tu estás preso pela CIA, toda a informação que vocês nos forneceu, agora está guardada no banco de dados do departamento dos Estados Unidos, foi um sucesso a espionagem por aqui não é, Dionathan?
- Espere! Você era uma espiã, assim como eu? E eu achando que eras uma inimiga. 
- Eu sou uma espiã iniciante, mas diga-me, como eu me sai no primeiro dia? 
- Melhor do que eu, suponho - disse Dionathan surpreso -, parabéns Daiana!
- Sua vadia! Seu viado! Vocês me enganaram! - gritou Ygor furioso. 
- '' Você tem o direito de ficar calado, tudo que disseres será usado contra você no tribunal. '' - disse Dionathan pondo as algemas no bandido. 
   Dionathan algema o homem, pega sua arma e ergue acima da cabeça, mas antes penteia seus cabelos arrumando seu topete escuro, ajeita seu terno e pisca os seus olhos azuis com o intuito de conquistar Daiana. 
- Nada de flertar, Dionathan, nós estamos em uma missão importante. Há inimigos lá fora, nós os mataremos e entregaremos as informações ao governo americano, o presidente será deposto e condenado, junto com esse nojento, arghh... Arrependo-me de ter namorado ele. 
- Fique calma Daiana! Isso faz parte do seu trabalho – disse Dionathan zombando dela.
- Inúteis! Vocês podem derrotar os meus guardas. Mas acham que vencerão o soldado robô que eu soltei há poucos minutos? Nem pensar! 
- Soldado ou não, nós os deteremos, não importa os obstáculos - disse Dionathan com coragem.
- É mesmo? - interrogou Ygor
   Os dois ignoram o homem e vão até o hall da mansão, lá começa o tiroteio, pessoas inocentes morrem constantemente por balas perdidas, enquanto os dois agentes treinados liquidam boa parte dos soldados em volta. A organização parecia falhar com a morte de cada homem.
- Pegue! É um revolver poderoso, mata na hora se for usado bem - explicou Dionathan.
- Obrigado! - agradeceu Daiana.
- Merece! 
- Como está a situação Dionathan? - perguntou sua assistente Debora pelo microfone.
- Código Verde! Eu e a outra agente estamos seguros.
- Ótimo! Não quis lhe contar dela antes, fazia parte do plano, enfim, os demais agentes estão a caminho. Eu peço que aguardem mais um pouco. 
- Obrigado Debora! 
Muitos inimigos foram abatidos restando apenas um, o soldado especial que Ygor mencionara anteriormente.
- Ponha as mãos na cabeça! - pedia Daiana gentilmente.
   O homem tinha olhos verdes, cabelos loiros espetados e usava um terno e uma gravata vermelha, não possuía roupa de soldado como os outros. Ele parecia um homem normal, até que mostrasse suas técnicas. 
- Ponha as mãos logo, ou eu irei atirar - pediu Dionathan grosseiramente.
Dionathan atirou e a bala ricocheteou no chão atravessando o piso, o homem não parecia humano, tinha um aspecto diferente, não demonstrava sentimentos, algo que, naquele momento, os dois agentes não entendiam muito bem. 
- Eu não acredito! - disse Daiana surpresa.
- Nem eu! - Dionathan completou. 
   O robô segura Daiana pela cabeça com muita força e ela gritava e gemia de dor. O agente atirou um poderoso tiro de revolver no braço da criatura e ele caia como se fosse resto de sucata velha. Estava evidente do que seria aquele homem.    
- Um robô! - gritou Dionathan -, agüente firme parceira.
   Ele pega uma granada explosiva, absolutamente muito poderosa, criada por Dionathan em situações de extremo perigo e atirou no robô. Ele deu um tiro de revolver no braço do robô e Daiana pôde escapar a tempo antes da explosão, e foram debaixo da escada e se abrigaram lá. 
- Essa foi por pouco. Obrigada por me salvar! Você merece um prêmio - disse Daiana tímida e dengosa.
   Dionathan recebia um selinho e ficava contente, alegre e sorridente, e assim a CIA chegava e mandara o Ygor, o russo, para a cadeia. Logo depois, os dois dirigem-se aos Estados Unidos e eles encontram o presidente enjaulado da mesma forma, a justiça estava sendo feita, e as armas atômicas não caíram nas mãos de ninguém. Os restos das informações coletadas pela organização ficaram em sigilo pelo governo americano.
- Enfim, agora que tudo terminou, eu desistirei dos serviços da CIA. Eu preciso de alguém que substitua o meu lugar, e gostaria que fosse você Daiana, pedirei aos meus superiores que lhe dê o mesmo cargo que eu, de alto nível. 
- Aproveite sua vida, velho! 
- Você é muito engraçadinha mesmo, menina, tome cuidado na sua nova jornada como agente. Na vida sempre haverá os mais jovens assumindo o lugar dos mais velho, assim abre-se o caminho para as novas gerações

‘’ - A jornada é longa, se queremos mudar o mundo devemos criar um argumento certo e lógico sobre a situação, algo sensato, que beneficie a todos, até os mais necessitados. Guarde esta lição até o ultimo dia de sua luta, minha amada amiga Daiana – e assim conclui Dionathan. ‘’
   
E no final, ambos se abraçam, e riem juntos, e inesperadamente um beijo de amor acontece. Dionathan poderia viver uma vida normal, quem sabe casar-se com Daiana e ter filhos, mas é um final, para que os imaginativos leitores criem com êxito. 


Autor: Franklin Furtado Ieck


quinta-feira, 20 de março de 2014

O relato de uma astronauta.

Eu sou uma Astronauta e ás vezes eu fico surpresa com o que o destino me reserva: uma chance de viajar no espaço e descobrir tudo sobre o universo. Eu lutei por muitos anos para chegar nesse ponto da minha carreia e finalmente aqui estou eu. Um dia a NASA (National Aeronautics and Space Administration - Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço) me convidou para ser voluntária em inúmeras viagens até o infinito. Na época eu fui estudante de Astrologia durante muito tempo na faculdade de OXFORD e obtive muitos conhecimentos a respeito disso.
   Assim chegara o grande dia que eu tanto esperava. Finalmente eu iria para o espaço com a missão de consertar um satélite, era peliculosa e eu não podia fracassar. Logo em seguida, eu entrei no foguete e na contagem regressiva 10..9..8..7..6..5..4..3..2..1..0 eu me dirijo ao espaço e de lá saio da minha nave e vou até o satélite estragado. De repente eu avistei um buraco negro que se abria no espaço. Meu espanto foi imediato, eu fiquei impressionado com aquilo e imaginei que aquele seria o meu fim. Eu fui sugada junto com o satélite e por um momento meu corpo se desintegrou rapidamente junto com o objeto em série o qual eu consertaria.
      
                                                                      -

              - Meu deus, eu estou no céu - dizia eu, completamente exausta. 
   Eu acordei em seguida em uma terra estranha eu achei que estaria delirando, mas não estava, e eis que eu falo algo:
   - Eu estou morta? - dizia eu -, onde eu estou você é um anjo?
   - Acalme-se você está segura por aqui. Seja muito bem vinda ao reino de Odnum, o reino da terra. 
   - Mas como eu vim parar neste lugar? eu não tinha sido sugado por um buraco negro? eu não entendo! Em que ano estamos? 
   - Por aqui classificamos o ano 200 d.D (depois de Darius), é uma época de inquisição tecnológica, construção de cidades ecológicas sabe? Por aqui, a harmonia entre todos os humanos foi alcançada depois de muitas eras de lutas. Este mundo é um lugar donde seres de diversas dimensões que surgem e acabam vivendo por aqui. Eu sou o Alquimista imortal Zaruh, é um prazer em conhecê-la.
   - Que ótimo! - pensava comigo mesma.  - Eu viajei no tempo e agora estou em um futuro tão distante.    
   Realmente era um lugar muito estranho, nunca se imaginaria que o futuro seria assim. O seu solo era abrigado de diversas flores de diversas cores, tamanhos e tipos e elas se comunicavam e viviam iguais aos seres humanos. Por um momento, eu achei um reino muito belo e enchia-se de vida com as pessoas que caminhavam em volta e eu estava começando a gostar daquilo. Ali era uma cidade, donde se avistava Elfos de olhos verdes capazes de transformar a minha visão que fixava com assaz ímpeto de carinho e benevolência pelo qual eu tive com as criaturas que via. Havia, também,  Duendes, pois deduzi pelas suas características: eram orelhas pontudas e brancas iguais a forma das asas de uma borboleta e, tinha uma baixa estatura fofíssima capaz de eu segurar no colo com muita cordialidade que cercava a beleza de seu corpo macio e suave.
   - Que lindo reino - admirava eu com assaz vontade de vivê-lo eternamente.
   - Eu sabia que irias gostar minha jovem. Eu ultimamente percebo grandes transformações benéficas que há por aqui e me orgulho disso, sendo que há o fruto da destruição e a invasão de criaturas do mal que eram indesejáveis por este mundo.
 Eu entendo seus argumentos, senhor Zaruh - Assenti com ele.   
   Leitor, agora eu lhe pergunto. O grande mago Zaruh era um Duende ou um Elfo? Simples: ele era um Elfo; ele tinha pupilas avermelhadas (cores de olhos que nunca tinha visto antes: belos como o mar avermelhado pelo seu radiante pôr-do-sol; assim eu me sentia, feliz e nobre). Ele era, também, caracterizado pela sua pele bem branca, tinha orelhas pontudas e, cabelos brancos grisalhos como de um senhor de idade. A princípio sua idade aparentava ser vintes anos. Sendo assim, ele usava roupas que pareciam com as da Idade Média, sofisticadas e acompanhadas por uma armadura prateada.
   - Venha até a minha casa, amiga! Por lá eu lhe darei um abrigo, venha, vamos passear em volta do Reino - disse ele.
   - É um belo mundo e reino, comparado de onde eu vim à natureza lá parece sumir pouco a pouco - disse eu.
   - Entendo! Mas diga-me: qual é o seu nome?
   - Eu me chamo Éricka. É um prazer em conhecê-lo!
   O Alquimista havia se encantado ao ver-me pela primeira vez. Meus longos cabelos escuros, meus olhos castanhos e meu rosto liso cheio de sardas e minha estatura de menina alta. Ao acaso, tudo isso o fez querer que eu ficasse ao seu lado, mas logo fui me aproximando dele, pois eu o achei um homem nobre e especial. Óh o destino me aproximava de algo que eu não saberia justificar, parecia um presente. 
   Eu caminhei e o seguir até uma parte da cidade e lá tinha um belo Pegasus, eu me encantei, era dourado, tinha pupilas vermelhas e era dez vezes maior do que um cavalo comum e muitos podiam subir nele. 
   - Que lindo! Parece um Pegasus.
   - E é - disse o Alquimista -, vamos a cidade dois. Ela é próxima ao reino do vento, e por este mundo não damos nomes ás cidades, pois não há significado e nos reinos os nomes não importam, apenas o conteúdo, ou seja, a beleza do território. O seu mundo era Terra não é mesmo? Meu pai era um Espadachim e há muito tempo ele se apaixonou uma menina muito parecida com você. Ele encontrou essa moça a qual é minha mãe aos redores da cidade dez e se apaixonou por ela. Lá eles casaram e juntos tiveram um filho, eu, e logo voltaram a morar aqui na cidade dois. Meu pai e minha mãe adoravam estudar o passado, e houve uma época em que nosso mundo era completamente dominado por um sistema econômico que impedia que a ação do povo por melhorias fossem concretizadas. E as pessoas diziam que nesses tempos, muitas pessoas morriam para tentar mudar esse mundo.
   - Exatamente! No meu mundo isso aconteceu do mesmo modo. Lá a natureza não é tão valorizada quanto aqui e lembro-me que naquele mundo as pessoas sempre viviam em guerra também. Eu sinto-me doente com a situação e ás vezes eu choro pelos cantos. Eu tenho vinte anos de idade eu sei, mas ás vezes eu não aceito, perdão se fui muito dramática.
   - Não há com o que se desculpar minha querida, por aqui é quase a mesma coisa, só que de uma maneira diferente. Em suma, os Duendes, Elfos e Humanos por aqui estão sempre unidos e nunca guerreiam entre si. Apenas lutamos contra seres maníacos que querem extinguir nossas raças, tais como, Ogros, Trolls, Ciclopes, dentre outros.
   - Ás vezes eu tenho a impressão de que o nosso mundo foi o mesmo! - disse eu.
   - Eu sinto o mesmo sentimento amiga Éricka, porém voltar no passado algumas vezes é bom, caso queiramos consertar alguns defeitos que nosso mundo possui. Foi, dessa forma que, o mundo evoluiu, deste então: chamamos de Odnum por ser a inversão do mundo que vivemos - disse o bom mago Zaruh.   

                                                                   -

   Eu me sentia a vontade naquele belo mundo e me sentia parte dele, aquele sentimento me aproximava daquelas pessoas. Durante toda a minha vida eu nunca tinha visto um povo tão bem de si e cuidando de suas plantas viventes e, crianças, amigos e parentes com tanto carinho. Um reino de amor e prosperidade com seus semelhantes, exceto com as criaturas horrendas que aterrorizam aquele mundo.  
 
   Preste muita atenção, leitor, eu estava sentindo um encanto e um amor por Zaruh sem igual graças a sua experiência de vida e sua delicadeza com os que estavam em sua volta. Mas logo que fitava seus cordiais olhos pude penetrar mais além. Eu percebi certo ar de preocupação que o cercava, então eu lhe indaguei:
   - Qual o problema Sr. Alquimista? - indaguei.
   - Eu ouvi boatos de que Ogros, Trolls e Ciclopes estão destruindo a cidade 66, no reino da água. Nós precisamos ir para lá agora mesmo - ele retrucou -, senão pessoas inocentes vão morrer. Venha logo comigo, eu vou lhe mostrar as armas que usarás no combate e lutaremos juntos contra o mal.
   - Certo - disse eu -, eu darei o meu melhor!
   - Eu sei que dará Éricka! 
   Ele me mostrou as armas que usaríamos na batalha, eu peguei uma espécie de arma, que parecia uma Katana que existia em meu mundo. Eu a ergui e logo disse: 

'' Deterei a sublime injustiça, com esta lâmina eu punirei todo e qualquer tipo de mal existente nesse mundo. Eu sou a questionável justiça pelos malignos e benevolente justiça àqueles que a respeitam. Eu os deterei com meu ímpeto de vencer a injustiça. ''
  
   E assim vesti minha armadura completa, que era dourada com pequenas crostas de diamante envolta; eu estava nervosa com o combate e decidir me apressar o mais rápido possível para me encontrar com a tropa.
   - Preparem-se todos! Este pode ser o último dia de suas vidas agora. Além disso, se morreremos para proteger nossos filhos e parentes e amigos a vida valerá a pena; desse modo, eu lhes peço que lutem e salvem o reino de Odnum das profundezas do mal, eu lhes desejo uma boa e merecida luta a todos! - disse o General da tropa de Elfos e Duendes.
   Todos pareciam normais e não tinham um pingo de suor e nervosismo no rosto, como se enfrentassem aquele tipo de luta todos os dias. Eu nunca havia lutado contra nenhum ser vivo em toda a minha vida, veja leitor, que pela primeira vez eu usava uma vestimenta medieval e empunhava uma espada que pertencia ao meu mundo. E observe que eu daria a minha vida por pessoas inocentes que precisassem de nosso apoio. Eu lhe digo que Deus, talvez, tenha me escolhido para proteger este mundo, e provavelmente eu nunca mais eu quisesse voltar ao meu mundo por minha vontade. Então eu decidi erguer minha espada e dizer as seguintes palavras: 

''  Daqui eu não fugirei, eu viverei aqui para sempre. '' 
   
   O General a me ver trocou um sorriso e me mandou partir para o ataque. Eu obedeci e empunhei minha lamina dourada e cortei a cabeça de uns dez ogros, até que um Troll me arrebate para trás com grotesca força, de modo que meu ombro estava machucado. O bravo Zaruh aparece e usa sua magia de vento despedaçando a pele da criatura, ele me deu sua mão e eu pude me levantar.
   - Obrigado - eu lhe disse -, mas ainda não acabou. Havíamos derrotado todas as criaturas, exceto o Ciclope e tivemos muitas perdas desde então. Não sei se nossa tropa pode derrotar normalmente uma criatura dessas, é necessário o uso de alguma tática.  
  - Você está certa! Mas que tipo de tática nós usaremos, precisamos pensar - pensou Zaruh por um momento.  
   O Alquimista pensou por um tempo sobre qual seria a melhor maneira de derrotar um monstro alto daqueles e de imediato. A idéia surgia na cabeça do homem como uma pedra arremessada, que na direção certa do mar conseguia dar muitos pulos. Exatamente, ele pensou em uma catapulta. O plano era simples, eu seria arremessado pela arma e depois enfiaria a minha espada no olho do monstro, esse era o seu ponto fraco.
   - Estou pronto para ser arremessada, quando eu dizer ''já'' você me arremessa - disse eu -, preparem-se!
   Eu gritei ''já'' e eu estava indo em direção da grande criatura e lhe cravei a arma em seu olho, ela caiu devagar enquanto eu me agarrava em sua pele e o monstro caiu na direção inesperada, a qual eu não queria que ele caísse. Eu soltei do seu corpo e caia de uma altura muito alta, até que, Zaruh, o alquimista usa os seus poderes e um campo de água é formado onde eu caio e a minha queda é amortecida graças a ele. Logo em seguida, o campo de água se desfaz e me via no chão molhada olhando para o rosto risonho de Zaruh.
   - Ufa.. achei que eu fosse virar purê, nunca foi tão bom matar um monstro -  disse eu, sendo irônica.
   - Agradecemos a ajuda de todos vocês, principalmente você Ericka. Todos estão dispensados. A recompensa para os dois guerreiros que lutaram bravamente será uma casa para o casal mais alegre de Odnum: Ericka e Zaruh - disse o General, nos oferecendo uma recompensa. - Eu lhes desejo toda a felicidade do mundo.
   - O que?! Mas o Zaruh não é meu noivo. Se quiser podes dar a casa para ele. Além disso, eu vim a pouco tempo para este mundo, enfim, não precisa agradecer pela ajuda, pois eu fiz o que era certo.
   Assim, Zaruh me pegou pelos cabelos e apertou bem forte e me beijou. Aconteceu quando todos foram embora, pela primeira vez eu beijava um homem na minha vida. Eu fiquei vermelha no inicio, mas logo entrei no clima, ele me incentivava pela primeira vez a amar e, assim, o aceitar como meu namorado.
   
                                                                    -

   Com o tempo, eu aprendi a amar Zaruh e aceitar a nova vida a qual eu vivia. Um mundo igualitário a todos, sem violência entre os mesmos da nossa espécie, e a aceitação de outras espécies atuando e cooperando na nova ordem da raça humana. Meu deus, eu me sentia muito a vontade naquela nova vida, sentia-me viajando entre os mais belos corpos celestes que vivem no espaço. Os humanos evoluíram muito, apesar do longo tempo que eu viajei, logo percebo que o que eu fiz foi uma viagem no tempo e não a descoberta de um novo mundo.
   - Eu te amo Zaruh! Uau eu nunca pensei que seria conquistada dessa forma - disse eu.
   - Viveremos nos amando para sempre - disse ele -, daqui você nunca mais irá embora. Aprenderás a ser como nós, e descobrir como a vida é boa e lembre-se: 

'' O passado ensina, o futuro enriquece a mente. O presente é usado para construirmos uma vida para o futuro, é assim que nós seres humanos vivemos, é assim que todos nós vivemos, não importando as diferenças. ''
   
   Durante muitos anos eu e meu namorado lutamos contra as mesmas criaturas sempre e salvando várias cidades. Com o passar do tempo fui promovida a General, pela primeira vez uma mulher a torna-se General. Desde então eu comecei a ter uma vida melhor que a da Terra a qual eu vivia. Eu estava cultuando com os animais, e principalmente, com a natureza. Tive filhos e vivi feliz até o meu ultimo suspiro; o meu marido Zaruh, aos oitenta e seis anos tenta abrir um portal para Terra e deixa este relato que escrevi com muito orgulho enquanto estive em Odnum. Quando os Astronautas lerem o tal relato descobrirão o que aconteceu comigo há muitos anos atrás. Este é um relato de uma vida muito bem aproveitada, nos cantos do reino dos elementos, Odnum.

Autor: Franklin Furtado Ieck


terça-feira, 18 de março de 2014

Memórias Póstumas de uma Traição (Intertextualidade do livro: Memórias Póstumas de Brás Cubas)

' 
'' Do primórdio ao contemporâneo dedico de coração as minhas memórias de uma vida de amores e traições. ''

   Em 1995 eu nasço famosa e primordial vida que adquiro. Oh uma pequena criaturinha de pouca cor e nenhum pensamento ainda desenvolvido. Pela primeira vez via a luz ofuscante penetrar meus inocentes olhos que mal eles podiam ver a imagem das pessoas refletida em mim. Eu sentia-me como uma flor que acabara de desabrochar e ainda continua, enfim, é o que posso lhe dizer leitor, eu era a criança mais bela daquele hospital. 
   Eu nasci na cidade de Sapucaia do Sul, lugar tão belo e próspero que sentia o vento bater forte no meu rosto com força. Quando saia daquele hospital, uma outra brisa natural batia novamente no rosto e que me fazia perceber o quão vivo era eu, imerso naquele mundo.
   Ao chegar a casa, meus pais pensam num nome para minha pessoa, eu olhava fixamente para seus rostos sem entender nada, assim foi decidido que meu nome completo seria Ângelo Cunha. O nome seria em homenagem ao substantivo Angel em inglês. Ironicamente, anjo, não seria a palavra apropriada para definir o tipo de pessoa que eu fui no passado.
   Passou-se quinze anos e pela primeira vez eu ia numa festa. O ano era 2010, eu encontrei uma linda e jovial moça chamada Amy e quando a vi, eu fiquei fascinado pela beleza a qual a moça carregava. Era uma mulher maravilhosa e tinha olhos castanhos, cabelos ruivos como as chamas do inferno que controla os impuros, ela usava uma saia vermelha e um colar com uma cruz, sim, a menina era religiosa. Ela era a aniversariante e me avistou-me assim que prendi meus olhos nela.
   - Deseja dançar? - perguntou-me ela -, eu não mordo!
   - Claro que sim, por que não?
   Dançamos por vários minutos, até que um valentão apareceu de repente e separa o meu corpo que estava grudado na moça.
   - Quem lhe deu permissão para dançar com a minha namorada? - disse um homem misterioso.
   - Desculpe-me; qual seu nome? - indaguei-lhe -, espero não ter sido um estorvo por dançar com suma preciosidade que é sua amada, eu lhe suplico que me perdoe pela descortesia.
   - Eu me chamo Eugênio, apenas não lhe bato, pois torci minha perna enquanto estava no exercito senão você estaria acabado.
   Preste atenção leitor, há muito tempo Eugênio Pinho pertenceu ao exercito brasileiro. O ''bom samaritano'' foi um soldado exemplar, um dos melhores atiradores e seu tiro era tão certeiro quanto de um soldado de alto escalão que lá habitava. Mas o progresso como grande soldado acabou quando ele teve um acidente e bateu a perna em pleno treinamento na tropa, sua perna nunca mais foi a mesma e o jovem andava mancando e isso o deprimiu muito, o seu sonho de ser um protetor daqueles que precisavam acabava a mercê desse acidente. Agora restava apenas o apoio da família, e sua amada Amy para lhe acariciar sempre que precisasse assim ele vivia apenas do amor e não mais das lutas.
   Eu me afastei da vista dele e da sua namorada e fui-me ao canto. Eu peguei uma lata de cerveja que comprei de um senhor, procurei uma mesa reservada por mim, já que eu era amigo de um amigo da aniversariante. Olhava de longe todos dançando até que o mesmo amigo que me concedeu os convites veio até a minha mesa e me elogiou.
   - Como anda o meu amigo Ângelo? - perguntou ele -, ta na seca? Donde tiras o ânimo para conquistar outras meninas?
   Seu nome era Alberto Ernesto, um grande filósofo e um amigo de infância e de escola. Ele tinha 16 anos, dono de um conhecimento abrangente, e um ímpeto aprendizado religioso, assaz que me espantava esse rapaz. Ele tinha cabelos escuros com um topete, olhos castanhos, e vestia um glamoroso terno que a cada passo encantava uma das meninas da festa. 
   - Eu ando meio sem sorte, meu amigo. Eu acabei de largar de uma moça chamada Amy por ela ter uma namorada.
   - Coisas assim acontecem meu caro - disse Ernesto sacando um pente e ajeitando seu jovial e belo topete -, além disso, eu ainda não lhe contei sobre a doutrina filosófica e religiosa que iria te contar.
   Vocês devem estar se perguntando sobre o que trata as doutrinas citadas por ele, pois bem, leitor, foque no que ele dirá e nunca mais esqueça. A resposta que abrange a cultura de nosso mundo virá das palavras benevolentes do honroso Alberto. Ouça agora, e, mais tarde, tire suas conclusões a respeito disso, a crítica virá depois quando forem pensar sobre isso.
   - São doutrinas que abrangem o mundo, ou seja, um conjunto de pensamentos desenvolvidos por muitas horas debatendo sobre religião e ciência. Entenda meu caro de que, religião e ciência fazem parte do mundo em que vivemos. Ademais, são base de culturas adquiridas com estudos e crenças e uns acreditam na religião e outros na ciência, não é anormalidade é uma realidade. O Cristianismo, o Budismo, o Judaísmo dentre outras religiões junto com a ciência criaram o mundo de guerras e discórdias, que atualmente formaram a cultura de nosso país e, também, do mundo - explicou Alberto usando palavras cultas. 
   - Engenhoso meu caro amigo. Diga-me: Tu já pensou em dar um nome à esses pensamentos expostos por você? - perguntei-lhe.
   - Com assaz benevolência eu chamarei de: C.F.R (Cordialidade Filosófica e Religiosa), pois com esse nome dar a entender de que o amor pelas demais religiões, filosofias e a própria ciência é que cria, de varias formas: o respeito pelas diferenças das pessoas - disse ele com brilho nos olhos -, não é fabuloso.
   - Me deixou de queixo caído! 
   Eu sai da festa com o pensamento filosófico na cabeça. Realmente Alberto era um gênio.
   
                                                                 -

   Passou-se três meses e, as escondidas, eu convidava Amy para sair e mesmo assim eu não ligava para o namorado dela. Eu olhava em seus olhos que ela estava perdendo a vontade de amar alguém como ele. Era de se supor, e se eu fosse uma moça e me apaixonasse por um garoto careca, de olhos verdes, musculoso e com dentes amarelados e uma camiseta grudada no corpo, eu o largaria imediatamente, deus que me livre.
   
'' - Deus, o qual eu chamo-lhe Franklin. Conceda-me o amor por benevolente moça que tanto busco, eis que eu a quero meu pai; o seu nome é Amy, assaz culta e inteligente, assim como eu a vejo, assim como eu a escuto e assim como eu a beijo. Quero me casar e ter filhos com ela -, assim lhe desejei. ''

                                                                          -   

   A gente se encontrou assim por dez anos e o próprio Eugênio nunca percebeu, até que a moça engravida. Nós estávamos com vinte cinco anos de idade, eu estava no final da faculdade de direito e Amy estava no primeiro ano no mestrado de turismo, enquanto o próprio Alberto estava na faculdade de Filosofia, eram tempos bons aqueles.
   Caminhávamos sob as calçadas da cidade de Sapucaia do Sul e viam-se lindas flores saindo delas. Como se as flores lutassem desesperadamente para serem felizes e terem um final feliz, assim como eu, Amy e Ernesto o meu melhor amigo, assim caminhando alegremente estávamos. A felicidade durou pouco quando Eugênio nos avistou e nos viu: eu e a Amy trocando selinhos. Ele ergueu sua arma e, logo vi depois o seu rosto e a arma apontada em minha direção.
   - Desgraçado! O que fazes com a minha namorada? - perguntou ele enfurecido.
   - Fique calmo querido! Há uma explicação - disse Amy tentando acalmá-lo -, não é o que parece.
   - Estávamos de casamento marcado sua... Sua... Eu sei o que estou vendo com os meus próprios olhos. Essas são as marcas da traição. Prepare-se para morrer seu desgraçado. Diga adeus a sua vida miserável - disse Eugênio irritado.
   Naquele momento eu olhava para o céu e via as nuvens taparem o sol, via as flores que lá estavam cobertas pela baixa luminosidade, como se a natureza pressentisse que algo de ruim aconteceria. Eu pensei naquele denso momento que a minha hora havia chegado. Leitor, quando as coisas estão indiferentes ao nosso redor devemos imaginar o que estaria por vim, assim como nosso corpo é guiado pela vida exuberante envolta. O pressentimento também pode nos avisar sobre algo que pode acontecer; nós mantemos a existência natural viva enquanto ela nos mantém da mesma forma. De repente, cinco disparos saem da arma de Eugênio, porém Ernesto atira-se na frente e morre no meu lugar.
   - Não! - gritei! 
   - Para! - disse Amy aos prantos -, assassino!
   Por sorte uma viatura da policia apareceu no momento do disparo, foi um momento de muito azar para Eugênio, que foi preso logo em seguida.
Meu melhor amigo havia morrido, e eu me sentia culpado por tudo. Eu engravidei Amy, e destruir o sonho de Ernesto sobre a nossa doutrina que nasceria. Se eu não tivesse me apaixonado por Amy nada disso teria acontecido, eu destruir a vida de todo mundo, eu não poderia ser chamado de um anjo, mas sim, um demônio que reencarna e leva as almas das pessoas ao inferno.
   Passou-se quarenta anos, eu estava velho deitado num leito de hospital, eu tinha netos agora. Eu obtive uma família enorme, porém criada a mercê de uma desgraça e quando eu lhes contei a história, todos da minha família se abalaram e eles disseram que eu não deveria me preocupar, inesperadamente acontecimentos desse tipo acontecem, e assim leitor, culpo-me pela vida que eu criei a partir dessa desgraça. Um horror que meus olhos avistaram: o sangue de um sonhador e o criador de uma idéia inovadora, um garoto jovem que tinha uma vida inteira pela frente. Sinto que é a minha hora chegou, e agora encerro as minhas memórias póstumas.

'' Tive uma vida boa,
Boa demais,
Agora posso morrer,
Pensando que minha família cresceu de uma desgraça. ''


Autor: Franklin Furtado Ieck






domingo, 16 de março de 2014

Crônicas de Dois Aventureiros.

    Na minha infância eu era uma criança livre, desprovida de tanta responsabilidade, que atualmente tenho tentando estudar ou buscar um emprego. Enfim, em um dia lindo e ensolarado com muitas nuvens, eu e meu amigo Breno estávamos brincando de chefes de cozinha e vocês sabem como funciona: pegamos terra do chão e misturamos com água. Felizmente naquela época eu tinha uma imaginação preenchida por várias coisas diferentes que eu podia fazer; éramos dois aventureiros em busca de brincadeiras que nos satisfazia e nos atrairia para a diversão. 
   Eu era uma criança boba, eu tinha dez anos e ouvia noticias o tempo todo sobre tráfico de drogas e ficava absolutamente impressionado como aquilo fazia mal às pessoas e o medo o qual eu sentia e a conseqüência pela qual as entorpecentes poderiam fazer comigo se eu as pegasse e usasse. Naquele mesmo dia eu e o Breno avistamos uma pedra, diferente de todas que eu já tinha visto antes. Ela estava coberta por um pó branco e quando eu a olhei eu logo pensei: Crack! Mas era apenas pedra pulverizada e durante dias fiquei imaginando se teria complicações. Tempos depois, eu pensava que ficaria doente ou algo do tipo por inalar a pedra e o pó em volta dela. Não era nada! apenas a minha imaginação, e ao passar dos anos eu me questionei sobre como eu tinha uma mente desenvolvida naquela época. Eu me preocupava, e pensava o quão precavido era sobre os riscos a saúde o uso de drogas, era de se imaginar, pois eu gostava muito de escrever nessa época, com gramática errada, mas escrevia muitos textos. Desde pequeno eu lia e escrevia talvez isso tenha servido para que eu criasse idéias que despertassem a minha imaginação, assim os tempos em que meu cérebro evoluía com constante uso do mesmo.
   Quando nós somos crianças criamos um mundo para nós, afastado de toda a existência de mal e perigoso, ou seja, uma época em que somos inconseqüentes e apenas nos divertindo e abandonando as regras dadas pelo mundo. Eu não consultei ninguém antes a respeito da pedra e o pó, pois era nosso mundo e tínhamos nossos próprios pensamentos. E quando somos crianças é neste mundo em que vivemos; um reino de muitas brincadeiras, o reino da benevolência eterna.
   Com o tempo a natureza exuberante tornou-se vizinhança, e no final eu nunca mais vi pedras como aquelas. Ademais, fez muita falta, pois algo daquele tipo despertou a minha mente para os pensamentos fora daquele mundo que eu vivi quando era criança, e, por coincidência, uma pedrada na cabeça abriu caminho para fora do mundo dos sonhos e direto ao mundo real: - Eu viverei neste mundo a partir de agora - dizia eu quase crescido -, com o ímpeto de sonhar alto e buscar a felicidade naquele mundo. O mundo em que eu vivia quando pequeno eu era: O Reino das Brincadeiras. Agora o mundo é: O Reino das Lutas.

Autor: Franklin Furtado Ieck

sexta-feira, 14 de março de 2014

A Crônica de Hospital

       Mais um dia em um hospital qualquer na cidade de Rio Grande. Lá estava eu, lendo um livro do Machado de Assis chamado: Memórias Póstumas de Brás cubas; sentado na cadeira junto de minha mãe. Eu acabara de chegar na página 175 quando fechava o meu livro e logo uma senhora muito bonita vinha em minha direção. O seu nome era Nelinha, aparentava ter cinqüenta anos, com seus belos olhos azuis que lembravam os céus azuis com o ímpeto de expulsar as nuvens passageiras que tirassem o seu brilho infinito, o azul circundava que poderia circundava ao redor de qualquer pessoa que visse; tinha cabelos louros e curtos de estilo masculino. 
   - Poderias me ajudar a por um chip no celular? - pediu ela.
   - Claro! Qual o problema?
   - Simples - a retrucou -, o meu celular não liga! Eu ponho chip, mas parece que o celular não liga.
   Eu peguei o seu celular e comecei a acessá-lo. Realmente o celular desligava quando colocava a opção de inserir o chip e infelizmente o chip poderia ter estragado. De imediato, ela tentou ligar a cobrar mas não tinha sinal no seu telefone, assim lhe emprestei o meu e ela pôde ligar para seu marido dizendo que demoraria para o atendimento.
   - Obrigado. - ela disse -, vocês jovens entendem dessas coisas de tecnologia. Eu simplesmente não entendo nada disso - e ela começou a rir e olhar para mim.
   - Pois é! - disse eu, com um sorriso animado -, é uma nova geração, quem sabe no futuro quando nascerem meus filhos e netos existirá uma tecnologia que eu não saiba usar amiga.
   Ela concordou e disse:
   - Verdade! Meu neto usa o celular o tempo todo e ele sabe de tudo.
   - Que legal!
   - Eu gosto de ler e escrever também, e quero torna-me um escritor no futuro.
   Ela gostou da conversa, eu lhe disse que queria pegar um copo de café. Eu estava com muito sono e eram nove horas da manhã. Com ímpeto me dirigi até a maquina de café, saquei um real e cinqüenta centavos, muito caro a bebida. Eu peguei e pus o copo. Na hora lembrei-me no que eu disse à senhora sobre a tecnologia evoluir, e vi que o copo automaticamente enchia-se com café. Realmente com passar dos anos tudo evolui.
   - É um assalto! Está muito caro infelizmente, e ainda enche o copo pela metade - disse o homem que estava ao meu lado.
   Eu concordei, mas isso não me satisfez do prazer de provar um bom café, eu disse isso à Nelinha quando eu a avistei. Ela riu e por um breve momento ficamos em silêncio esperando o maldito atendimento demorado do Hospital.
   - Antigamente demorava muito para atenderem, mas agora eles chamavam as pessoas por aquelas duas caixas de som, porém estão estragadas. Mesmo assim o serviço melhorou quando chamavam vários para que um médico cuidasse - explicou Nelinha. 
   Absurdo! Um hospital com esse tipo de serviço é realmente uma negligência. Enfim, as horas se passaram e chamaram a minha mãe ao atendimento. Eu esperei por mais alguns tempo apenas olhando para a senhora e sorrindo. Quando a minha mãe chegamos nos despedimos da senhora e fomos embora, eu lhe desejei boa sorte, nunca mais a vi.
   No dia que escrevi esta história estava depressivo, mas se não fosse por eu sair com meus pais e ir até esse hospital eu nunca teria feito esta crônica. E seria uma história a menos nesse mundo de resplendor e luz ofuscante que nos ilumina a cada dia com pessoas novas.

Autor: Franklin Furtado Ieck

quinta-feira, 13 de março de 2014

O medo que a mente conduz.

Medo,
Tolo ingênuo,
Não bastas tu me controlar,
Arrebatar com suas mentiras à despeito de mim.

Medo, covarde e destrutivo,
Tiraste-me a coragem,
Tiraste-me a vaidade,
Tiraste-me a vida,
Quanta injustiça.

O medo,
Que a mente conduz,
Deduz o que acontecerá,
O medo que seduz o inacabado,
O desespero que tira a criatividade,
O terror que lhe mantém na inatividade.

Ó, vivo uma desilusão,
Doce rejeição,
Como ousas?
Desalmado.

Hipócrita,
Mata-me por dentro,
Na sua busca incansável eu não entro,
Pois tolo não sou, nem amador, sou vivente desprovido de dor.

Horror? Claro que não sinto, me livro dela e da dor,
Louvor? Eu não sinto por ti existência mental,
Carinho? Nem abraçadinho.
Superar-te-ei
No além.
Fim.
























Autor: Franklin Furtado Ieck


Amor: Solução para o mundo.

   A única forma de mudar este mundo é o amor. Sempre foi; convenhamos que o aprendizado de valores éticos e morais construam o ser humano idealizador desprovido de desobediências e, assim, ligado ao amor. Portanto, superar as dores criadas pelo sofrimento e seguir os demais propósitos que ali citei, fazem de nós pessoas fortes e maduras, com a mente e a alma presas na jovialidade eterna.


Autor: Franklin Furtado Ieck

O Mundo das Flores Viventes.


 Em um mundo fantasioso, nos belos campos de exuberante flora existencial, encontravam-se lindas flores de cores variadas. Uma época em que a terra estava cada vez mais ligada a criação dos Ecopolos, uma forma inovadora de construir grandes cidades com a idéia de preservação ambiental, ou seja, um mundo consciente a respeito dos impactos ambientais e a salvação da natureza. O ano é 125 d.D (depois de Darius), uma época em que as flores podiam respirar e viver em harmonia com as outras espécies do planeta. Elas eram sonhadoras, viviam no Reino das Flores, um lugar onde habitavam as mais belas flores de todos os tipos, lindas de variadas cores e um cheiro que, inalado, causava um encanto que arrebatava um humano ao céu.
   - O milagre da vida sempre foi Deus. Eu acredito que haja uma força que supere todas as outras e que originou a todas nós irmãs - orava a Flor Copo de Leite -, vamos orar!
   - Wee... - diziam todas as flores quando concordavam.   
   A Flor Copo de Leite era tímida e pouco se preocupava com sua beleza. Ela apenas ficava na sua, quieta, esperando que as abelhas viessem e fizessem o mel. Era a Primavera, época das flores nascentes. A Flor Copo de Leite, nesse tempo, fez duas grandes amigas: O Girassol, bela e dourada, de beleza cativante que causava inveja nas demais flores. A outra era a harmoniosa Flor Margarida, com as folhas brancas em volta, ela também era tímida com a Flor Copo de Leite, porém a Margarida era engraçada e estava sempre de bom humor.
   - Eu só espero que os Ogros não nos ataquem - preocupava-se a Margarida -, eu tenho muito medo deles!   
   - Não se preocupe - aludiu a Girassol -, o brilho da justiça divina está ao nosso favor. Eu posso garantir a todas vocês aqui que nada irá acontecer.
   - É verdade - concordou a Flor Copo de Leite -, relaxe, minha amiga.
   - Eu relaxarei; nossa não sei como agradecer a todas vocês, especialmente você: Flor Copo de Leite.
   - Nós sempre estaremos unidas Margarida - disse a Flor Copo de Leite -, enquanto estivermos juntas o mal jamais perpassará esse solo sagrado.    

                                                                   -  

   Tudo estava indo bem, e novas flores nasciam, e o mundo seguia o seu curso existencial. Umas flores nasciam para outras morrerem, era a lei da vida. 
   Chegou o Verão, o calor era escaldante, e alguns Ogros, destruidores e assassinos estavam se aproximando no Reino das Flores para destruí-lo. Eles destruíram cerca de cem flores naquele lugar e nem mesmo a pobre Flor Copo de Leite não aceitava aquele confronto. e então ouvia-se vozes de desespero 
   - Parem! - repetia ela duas vezes -, como vocês ousam em matarem a existência que, um dia lhes dera a fonte primária necessária as suas vidas. Se tu matares a todas nós, tu também morrerás. As palavras arrebataram os Ogros, que logo recuaram. As flores acreditavam na ciência e na religião. Os Ogros simplesmente não tinham uma crença em Deus, eles eram mais objetivos movidos pela dominação e destruição - lembro-me disso quando eu penso nos bárbaros, homens tão desprovidos de conhecimento e providos de sede de poder. 
   Naquele dia de muita dor e sofrimento nascia mais uma flor. Seu nome era Flor Rosa. Ela tinha uma cor avermelhada, típica de uma flor deste gênero.     
   - Iupi...! - dizia a flor Rosa no momento de seu desabrochar.
   - Gloria a vida que Deus nos deu - vangloriava-se a Flor Copo de Leite.
   Quando ela nasceu todas criaram a convicção de esperança e não importava a mão que destruísse a natureza que ela logo voltaria ao seu estado natural.      Assim é a vida, uns morrem e outros vivem e se recompõem do que foi perdido há muito tempo. Se perdermos algo de especial na vida aquilo só pode ser preenchido pela nossa força; propriamente dizendo: a força é capaz de mover fronteira e lhes digo que, a maior força é a ''força de vontade'', a qual o ser humano pode usar para se tornar cada vez mais corajoso e capaz de superar as dores da vida.
   Uma nova batalha aconteceria e as flores não sabiam. Desta vez a luta seria contra os Gnomos, que elas mal podiam ver. Eles eram invisíveis para os demais seres daquele mundo, nem mesmo os humanos conseguiam ver aquela espécie, mas isso não abateu as flores. Elas se opuseram a suas façanhas, pegavam galhos de madeira que estavam no chão, soltos pelas árvores em volta. Elas, então, pegaram e cravavam em cada Gnomo que morria instantaneamente. E com um grito de vitória as flores voltavam para o seu lugar tranqüilas e harmônicas como sempre. 
   Chegava o Inverno, a época do ano em que as flores mais sofriam. Além disso, o horror começou a tomar conta de suas vidas; a neve seca e gelada que cobria suas folhas a estavam matando lentamente. Era como se a morte obstruísse o limite da felicidade a qual elas tinham conquistado com muito rigor. A Flor Íris as disse para não perderem as esperanças que a ajuda chegaria o mais rápido possível, mas não era verdade. O destino é que elas morreriam naquele campo. E logo suspiros aspiravam no ar 
   - Eu não quero morrer! - dizia a Flor Rosa.
   - Eu preciso de água! - gemeu a Flor Girassol. 
   - Lutem como sempre fazem - dizia a Flor Copo de Leite -, sobrevivermos durante muito tempo e é assim que acabaremos? Nunca desistam!
   Todas expressavam suas dores, uma de cada vez, como se fosse o seu ultimo suspiro. Elas desmaiaram até um grupo de Humanos as levaram uma a uma. Foram à uma terra florida donde existiam muito mais flores do que o Reino das Flores. Este era o Reino das Plantas - um pequeno reino criado por um Rei que morreu há muito tempo. Esse reino ele era ligado aos reinos dos quatro elementos (fogo, água, terra e ar) e existiam todos os tipos de plantas que se podia imaginar naquele lugar. As Flores ficaram felizes por encontrarem seres vívidos como elas. A felicidade lhes abriu as portas e agora não tinham com o que se preocuparem. Os humanos lutavam com Ogros, Elfos e Gnomos que odiavam as Flores e tinham inveja de sua beleza ser superior à deles. Por isso, os Humanos as protegeram durante toda a vida, e assim elas viveram felizes e continuando o seu curso da vida que transparecia por todo o mundo. A lição que as flores aprenderam era ficar unidas àqueles que as amavam de verdade - aprenderam a serem fortes perante as dificuldades da vida e respeitando os demais seres não importando a raça. Mais tarde, com o passar dos anos, os demais seres que repugnavam as flores: Ogros e Gnomos tornaram-se seus amigos e reconheceram o valor que elas tinham - a vida nunca foi tão tranqüila e harmônica - e elas sentiam-se realizadas. Então, agora todos podiam viver felizes para sempre.

Autor: Franklin Furtado Ieck