segunda-feira, 21 de julho de 2014

A Vila da Harmonia

   No ano de 2000 d.C, em uma pequena vila na cidade de Bagé viviam várias crianças com características muito diferentes, e que tinham um afeto uns pelos outros muito forte. A primeira criança se chamava Franklin, o seu nome representa o ''homem liberto'', capaz de alcançar quaisquer que sejam seus horizontes em busca da felicidade e dos sonhos.
   - O dia em que vivo é para me orgulhar. Hoje eu farei 10 anos de idade. Ó, me sinto bem ao saber que deste mundo as lembranças ao meu redor crescem e ao relembra-las me sinto cada vez mais vívido, não vejo a hora de encontrar meus amigos e convida-los para minha festa de aniversário.
  Para o pequeno Franklin a vida era um lugar onde os sonhos habitavam dentro do coração e a vontade de viver fluía dentro do seu peito, como choques de força que as ondas dos belos mares azuis faziam ao se chocarem soltando respingos; era o tipo de encanto que se equivalia ao que o menino sentia em seu coração, completa harmonia e choque de feroz cordialidade.
   - Ola! Qual é o seu nome? Vejo que tu és novo na Vila da Harmonia, eu me chamo Guilherme e o seu? 
   - Eu sou o Franklin, lindo nome o seu. 
   - Muito Obrigado! - disse com benevolência o garoto desconhecido. 
   Guilherme, este é o nome do garoto que o pequeno Franklin conhece na entrada da Vila da Harmonia. O nome Guilherme representa ''proteção'', um dom usado por pessoas boas para proteger seus semelhantes, pois era esse o destino que o novo amigo do Franklin estaria prestes a carregar. O novo menino carregava em mãos a tarefa de ficar ao lado de seu amigo e sempre que houvesse algum perigo o protegesse, pois este é o valor humano certo usado para proteger o amiguinho.
   - Quantos anos você tem Franklin? - perguntou Guilherme. 
   - Eu tenho 9 anos, e farei 10 anos hoje mesmo. 
   - Nossa meus parabéns! Eu também tenho 10 anos de idade, e ultimamente vieram muitas crianças da tua idade, que vieram morar por aqui, uma delas é a Adriana que mora na casa 11.
   O liberto Franklin e o protetor Guilherme aproximam-se e batem na porta 11 onde vive a menina que foi dita antes, Adriana. Toc.. Toc.. e a porta se abre lentamente revelando a pequena menina que havia por trás dessa. 
   - Guilherme, o que fazes por aqui?
  - Bom dia Adriana! Eu vim lhe apresentar um amigo novo que chegou com seus pais. O nome dele é Franklin, ele é uma pessoa muito legal. 
   - É um prazer em conhecê-la guria, sou o Franklin, mais conhecido como um cavaleiro que empunha sua espada e luta com outros cavaleiros nas redondezas dos desertos mais quentes do mundo. Eu vim para lhe proteger de todo e qualquer mal linda donzela. 
    O  estranho olhar da menina de percepção da paquera fez o herói enxergar a realidade.    
  - Hello...! Eu tenho namorado meu amigo, e é melhor usar o substantivo mais correto para me definir eu sou uma ''moça'' e tenho doze anos de idade, sou a mais velha dentre as crianças de dez anos que vivem por aqui. 
   - He-he-he, tudo bem! - disse Franklin um tanto animado com a amizade que havia feito. 
    O nome Adriana representa a ''beleza'', preenchida pelo tipo de pessoa que ela é, ou seja, morena. Uma moça radiante com cabelos escuros, pele morena e lindos olhos cor de mel, essa era a nova amiga de Franklin, uma menina que o apoiaria não importando as decisões que ele tomasse e que sempre o ajudaria quando ele precisasse. 
    - Adriana é muito bela não é? Tem uma pele morena e radiante, a cor de honra de nossa pátria brasileira miscigenada e linda culturalmente  - afirmou Guilherme. 
    - Eu percebi o quão lindíssima ela é - afirmou Franklin -, Além disso, eu sou descendente de Alemão e adoro conhecer novas culturas que sejam de variados países. Não importa a raça, cor de pele dentre outros fatores que diferem o ser humano, temos que aceitar o que há de belo no coração humano. 
   - Concordo plenamente contigo, Franklin. Ei, vamos a fonte d'água que tem no outro lado da vila - pedia Adriana -, talvez lá a gente encontre outras crianças como nós e podemos nos conhecer melhor, o que vocês acham? 
   - Eu acho uma excelente ideia - concordou Franklin -, além disso, o que pode dar errado? 
   - Eu trouxe uns barquinhos de papeis para podermos brincar. Talvez dessa forma a gente possa se entreter um pouco - disse Guilherme
     - Verdade, então vamos lá Franklin e Guilherme.
     Os três brincaram muito na fonte d'água com os seus três barquinhos de papeis. A amizade estava os unindo, assim como o arco-íris e todas as cores juntas criando um lindo brilho colorido e celestial nos belos céus da cidade de Bagé. As crianças podiam ser culturalmente diferentes em suas descendências, mas viviam em harmonia com muito carinho e companheirismo. O arco-íris logo iria chegar, mas antes que isso acontecesse, foi premeditado a destruição da amizade dos três pela presença de duas figuras misteriosas. 
   - Ei moleques, o que vocês fazem por aqui? Esta fonte pertence a nós e vocês não podem ficar por aqui - disse uma figura misteriosa que aparece e fala com eles.
     Com o soltar de voz uma misteriosa pessoa a chuva começa a cair e resfriar os corações das crianças que ali ouviam o misterioso menino discutindo com eles.
    - Quem são vocês e o que querem? - perguntou Franklin. 
    - Eu me chamo Nauan! 
    Nauan, o menino que representa a individualidade e seu nome significa: ''único'' e apesar do seu caráter sombrio e impetuoso de maldade ele escondia algo que os próprios amigos de Franklin não enxergavam, a luz, de alguma forma o garoto carregava um senso de bondade..
    - Eu me chamo Peter, e se não devolverem a ponte para a gente sofrerão as consequências. 
     Peter seria a representação da variante inglês de Pedro. Além disso, Peter assim como Nauan, escondia uma luz incrivelmente forte que só poderia ser trazida a tona com a força do espírito do dialogo sensato. 
    - Como ousam falarem da gente desse jeito? Nós temos 10 anos e somos muito novos, alias olhem para o tamanho de vocês: teriam coragem de bater em crianças? - perguntou Franklin
    De repente o primeiro soco é disparado vindo da mão de Peter, e de imediato aparece Guilherme na frente dele para repelir o ataque. Finalmente a ação de um protetor, o corajoso e inteligente Guilherme. 
      - Nada mal para uma criancinha - disse Peter -, e você deveria ter batido mais forte no rosto do Franklin  caso tu não tivesse repelido este seu golpe. 
        - Peça desculpas agora mocinho - disse Adriana delicadamente.      
        - Sinto Muito! Eu sou novo no bairro também, não queria criar desavenças - lamentou Peter
     - Não precisas lamentar Nauan, você é meu amigo, há momentos da vida que não conseguimos controlar o ódio. Eu sempre estarei do seu lado para o que der e vier. 
     - Obrigado amigo! - disse Peter. 
     - Ei primo Franklin, o que fazes por aqui? A sua mãe lhe chama para cantar o parabéns. Estou contente, vejo que convidasse amigos para a festa, que bom! E adorei o seu discurso Peter, porém Você precisa aprender a ser mais delicado e companheiro das pessoas, o mesmo digo a você Nauan. 
    - Prima Najara! - disse Franklin espantado. - O que fazes por aqui? 
   - Eu pretendo morar com vocês por um tempo. Justamente pela saudade que sinto de você e dos meus Tios. 
    Najara, a pluma branca de grandes olhos, é desta forma pela qual eu a caracterizo com seu olhos azuis e longos cabelos loiros. Os seus grandes olhos são capazes de ver coisas que vão além da verdade. Ela tem 20 anos de idade, porém com uma experiência de vida maior do que qualquer outra pessoa no mundo. 
   - Eu estou feliz minha prima - disse Franklin muito feliz -, muito obrigado! 
   - Realmente teremos que concordar com essa moça Peter. Nós extrapolamos novamente e se este erro se repetir acabaremos amaldiçoando nossas almas pelo resto de nossas vidas. Precisamos aprender a compartilhar e viver os momentos bons e felizes ao lado das pessoas, só assim nos livraremos do mal que há dentro de nós. Livrar-nos deste mórbido sentimento transcendente - disse com belas palavras Nauan. 
   - Adorei sua filosofia de vida garoto - disse Najara.
   - Obrigado! 
   - Bem, o que estamos esperando? Logo cantaremos parabéns ao Franklin, se não fosse por ele nunca teríamos nos divertido tanto em um único dia, e também, não teríamos aprendidos essas lindas lições da vida - disse Adriana.    
- Eu concordo com a menina! - disse Peter. - A amizade se tornará o triunfo do crescimento da harmonia por aqui, eu deixaria o meu lado mesquinho e triunfarei como uma borboleta branca que vive aos arredores da diferentes borboletas pretas que sofrem dores de outros.   
   - Eu fico muito feliz com a aceitação entre todos vocês - disse Guilherme -, um ato como esse é capaz de mudar o mundo, e a mudança teve um efeito grande. Eu estou feliz, parabéns Franklin. Esse será o dia que ficará gravado na história de sua vida e de todos que aqui estiveram. 
    A chuva para, nasce o arco-íris.  
   O Franklin aprendeu muitos lições importantes com as amizades que fez e dos inimigos que logo mudaram de lado. Eu percebo, leitor, que lhes dei o significado de vários nomes os quais exemplificam o tipo de pessoa que pode ser, mas eu lhes digo que não se levem por nomes, mas pelo caráter da pessoa, pois é o pensamento que vocês devem levar com vocês.  Aprenda que as diferenças devem ser aceitas e se você é pequeno em algo nunca se compare a outro que pode ser grande, até porque há a hora certa para todos um dia quiserem crescer, tanto em conhecimento quanto em ascensão espiritual. A única forma de ser feliz de verdade é respeitando e compartilhando o amor e a felicidade, assim todos podem viver em paz, e deste modo Franklin e seus novos amigos conquistaram a vida com tanta alegria. E finalmente após a chuva nasce o lindo arco-íris e lá estava Franklin, seus amigos, e àqueles que purificaram sua alma com lindas lições de vida.   

      '' CONTO DEDICADO AOS MEUS AMIGOS: Adriana Falcão, Guilherme Polonio e minha prima Najara Silva Leal . '' 

  Autor: Franklin Furtado Ieck 

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